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Acelera o sono, mas também faz ressonar
23 de janeiro de 2013 - 10h57
Beber um copo antes de dormir pode ajudar a adormecer mais rápido, mas os efeitos do álcool no sangue mesmo em pequenas quantidades perturbam a qualidade do sono, segundo nova tese avançada por especialistas britânicos.
Além de encurtar o espaço de tempo do primeiro sono, o álcool conduz a um sono profundo mais rápido, eliminando um dos períodos mais satisfatórios e benéficos do sono onde ocorrem os sonhos, conclui o novo estudo do Centro de Sono de Londres.
A equipa envolvida no estudo avança ainda que o álcool, quando consumido em exagero ou de forma frequente, pode provocar insónias.
Irshaad Ebrahim, diretor do Centro de Sono de Londres e co-autor do estudo publicado na revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research, salienta que é importante ser “cauteloso” no que toca à ingestão de bebidas alcoólicas de forma regular, ainda que de forma moderada, cita a BBC.
Duas horas de intervalo
“Beber um ou dois copos até pode saber bem num curto prazo de tempo, mas fazê-lo de forma continuada antes de dormir pode provocar problemas significativos”, alerta.
“Se beber, o melhor será esperar entre hora e meia a duas horas para se deitar”, sugere, avisando que as pessoas podem tornar-se dependentes do álcool para adormecer.
"Com o aumento das doses, o álcool suprime a nossa respiração e pode transformar os não ressonadores em ressonadores e os ressonadores em pessoas com apneia do sono, onde a respiração é interrompida", alerta.
Dos 20 estudos analisados detalhadamente pelo grupo de trabalho de Irshaad Ebrahim, todos sugeriram que o álcool alterava a qualidade sono de três formas: acelerava o sono, fazia ressonar e enviava as pessoas para um sono profundo mais rápido tornando-o, em simultâneo, mais fragmentado e menos repousante.
"O álcool, em geral, não é útil para melhorar o sono de uma noite inteira. Pode ajudar a entrar num sono profundo mais rápido, mas depois torna-a num sono interrompido e provavelmente vai fazer a pessoa ressonar e respirar pior”, confirma Chris Idzikowski, diretor do Centro de Sono de Edimburgo, citado também pela BBC.
SAPO Saúde
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