A Air France "oferecerá voos especiais de e para Xangai e Pequim com equipas de voluntários a partir de quinta-feira, 30 de janeiro, para garantir o voo de retorno dos seus clientes e funcionários", explicou a companhia em comunicado.
A empresa disse na quarta-feira que reduziria sua atividade para um voo diário para Xangai e Pequim a partir de sexta-feira "devido à menor procura por esses destinos". A empresa tinha suspendido os seus voos para Wuhan, o berço da epidemia, desde 22 de janeiro.
"A prioridade da Air France é garantir a segurança de seus clientes e funcionários em França e em todo o mundo", lê-se na nota, acrescentando que "está a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades sanitárias nacionais e internacionais e avalia continuamente a situação".
Segundo fontes sindicais, durante uma reunião de conselho esta tarde, os funcionários da Air France apresentaram uma moção à gerência, expressando a sua preocupação com os funcionários. "Esta moção foi apoiada por todas as categorias", disse uma fonte sindical à AFP.
Até ao final do dia de quarta-feira o número de mortos devido ao novo vírus era de 170 e os infetados eram de mais de 7.700 pessoas. O novo coronavírus foi primeiramente detetado em dezembro na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China.
O número de casos de infeção pelo novo coronavírus, designado provisoriamente pela OMS como "2019-nCoV", ultrapassa a cifra de contágios verificada com a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), causada por um outro coronavírus, mas igualmente detetada na China e que se estendeu a outros países, em 2002 e 2003.
A SARS infetou 5.327 pessoas na China e provocou 774 mortos no mundo, incluindo 349 na China continental.
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