É possível “inventar” novos vinhos? Para Celso Pereira e Jorge Alves, sem dúvida. É o que podemos concluir do mais recente lançamento da Quanta Terra, a adega da dupla de enólogos Celso Pereira e Jorge Alves, situada no planalto de Alijó.

De uma zona considerada como “o outro Douro” e conhecida “pelos extraordinários brancos”, chega-nos um tinto com comportamento de branco. E porquê? Porque este vinho, produzido com as castas Tinta Roriz e Tinta Amarela, “de textura transparente”, como descrevem, é para ser consumido fresco, entre os 14 e os 16 graus. Além disso, tem teores alcoólicos e calóricos abaixo da média, com 12% de volume e 74 calorias por 100 mililitros. Um tinto de verão, digamos assim, que vai bem com pratos mais leves como carnes de aves, carpaccio, pizza, massas, sushi, salmão ou peixes grelhados. "Um vinho jovem, elegante e fresco", concluem.

Um tinto para se beber fresco, o Cota 600 tem menos álcool e calorias
créditos: Divulgação

Como o nome denuncia, o Cota 600 é um tinto de vinhas em altitude, solos xistosos, precisamente numa cota 600 e chega ao mercado numa produção de 3500 garrafas e com um PVP de 17€. Esta colheira de 2022 estagiou ainda em barricas novas de carvalho francês.

Além deste, Celso Pereira e Jorge Alves prometem para breve o lançamento de mais um “vinho especial”.

Os mais clássicos torcerão o nariz a este vinho. Os próprios enólogos assumem que é um tinto pensado para consumo dos chamados “millenials”. Mas é esta talvez a maravilha da arte de fazer vinho: com um pouco de imaginação é um setor que ainda tem muito para nos surpreender.