O valor arrecadado neste primeiro leilão de Cereja do Fundão, uma iniciativa do município local, reverte a favor de um fundo para a investigação das propriedades da cereja nas áreas da saúde e do bem-estar.

A base de licitação para os dois quilos de cerejas a leilão foi de 100 euros, valor que em pouco menos de cinco minutos triplicou. O chefe Vítor Sobral acabou por fazer a licitação mais alta, arrematando a fruta por 300 euros.

Após o evento que decorreu no Palácio da Memória, em Lisboa, o chefe deu indicação do fim que aguardava estas cerejas: “os clientes da Esquina vão ter a oportunidade de provar as primeiras cerejas do Fundão de 2017, reconhecidas como um dos produtos de excelência a nível nacional. Como é do conhecimento público, sou um defensor dos produtos portugueses, que privilégio sempre na minha cozinha”.

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Fundão: Em Alcongosta, passeamos na maior maternidade de cerejas do país

O leilão contou com a presença do presidente da autarquia fundanense, Paulo Fernandes, que sumariou todo o trabalho empreendido desde há alguns anos para valorizar este produto local. Um dos aspetos, o de contrariar a sazonalidade, com o desenvolvimento de subprodutos à base de cereja (pastel de cereja, compotas, licores, bombons, chás, entre outros), reforço da fileira com a criação de empresa certificadora, sustentabilidade do produto e o pagamento do valor justo para os produtores. O edil recordou, ainda, a vertente turística associada à cereja, nomeadamente o festival que lhe é dedicado em junho na localidade de Alcongosta.

Recorde-se que a cereja gera, ainda de acordo com o autarca, perto de 20 milhões de receitas anuais e marca presença assídua em campanhas de promoção a nível nacional, como por exemplo nos voos da Tap e, futuramente, também a bordo da SATA.