O peso que os alunos carregam às costas continua a ser preocupante, alerta a Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) e a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
A notícia é avançada hoje pela TSF.
Um ano e meio depois da resolução aprovada no Parlamento - com 11 soluções - para reduzir o peso das mochilas escolares, o presidente da ANDE, Manuel Pereira, garante que "não foram tomadas medidas que, de alguma forma, possam resolver o problema de fundo".
A opinião é partilhada por Filinto Lima, presidente da ANDAEP, que avisa que o problema mantém-se e que a solução passa pelo investimento do Governo nas novas tecnologias: "Neste momento, temos nas escolas computadores obsoletos e rede de internet que não é fiável", cita a referida rádio.
Nas 11 medidas sugeridas ao Governo em outubro de 2017 estão, por exemplo, o uso de cacifos, a escolha de salas fixas para cada turma e a introdução nos manuais escolares de indicações sobre o peso dos mesmos.
"Cada escola usa a recomendação que foi dada ao Governo tentando encontrar as soluções possíveis, mas a verdade é que as soluções possíveis esbarram sempre na enorme quantidade de manuais, livros e cadernos que os alunos são obrigados a usar diariamente", lembra o presidente da ANDE citado pela rádio.
O Ministério da Educação, à TSF, garante que tem avançado com medidas, como a "promoção, através da flexibilidade curricular, de aulas e metodologias não centradas no manual escolar" e "a promoção do uso de recursos digitais a partir deste ano letivo, com a concessão a todos os alunos dos 1.º e 2.º ciclos de licença para acesso a recursos digitais educativos".
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