As crianças cujas mães, enquanto grávidas, consumiram em média 400g de peixe por semana têm mais facilidade de comunicação do que as outras. Incrível, não é? Pois, esta é uma das conclusões de um estudo promovido pelo Instituto Norueguês de Saúde Pública, em Oslo, a partir de uma investigação com quase 40 mil mães e seus filhos que foi divulgada pelo jornal londrino Daily Mail.

Uma das razões para este fenómeno prende-se com um velho “amigo” da comunidade médica que, na última década, não tem parado de enaltecer as suas virtudes – o ómega 3. Entre outras virtudes (ver em baixo), este famoso ácido gordo ajuda ao desenvolvimento cognitivo do bebê durante o período de gestação.

Com efeito, o consumo de ómega 3 é determinante para o crescimento neurológico do feto. Por isso, os especialistas costumam pedir às grávidas que o incluam na alimentação o mais rapidamente possível. Em alternativa, muitos obstetras receitam complexos vitamínicos que contenham a substância na sua fórmula, ou mesmo suplementos só com ómega 3.

Atenção, porém, aos exageros. O peixe deve ser consumido com moderação. Os mesmos investigadores do Instituto Norueguês de Saúde Pública alertaram que basta ingerir peixe duas a três vezes por semana (cerca de 400 gramas ao todo) para retirar os respetivos benefícios. Isto, por causa da elevada quantidade de mercúrio – metal pesado extremamente tóxico que está depositado no fundo do mar – contida em algumas espécies de peixes que utilizamos na alimentação.

3 factos sobre o ómega 3

  • É um ácido gordo essencial para o corpo humano, que ajuda no crescimento e melhora a saúde.
  • Fortalece o sistema imunitário, mas não só. Protege o sistema cardiovascular, reduz o colesterol e os triglicéridos, tem propriedades anti-inflamatórias, melhora a composição dos ligamentos e articulações, é antioxidante, contribui para a saúde da pele e cabelo, melhora a saúde cerebral e a visão.
  • As principais fontes de ómega 3 presentes na alimentação são peixes gordos como o salmão e a sardinha e alguns óleos vegetais.