MC Kevinho, nome artístico de Kevin Kawan de Azevedo, começou a carreira aos 14 anos. Lançou-se na internet com muita vontade de vencer, mas longe de imaginar o sucesso que o esperava.

Ficou conhecido como o "miúdo dos hits" depois do êxito mundial de temas como 'Olha a Explosão', 'O Grave Bater', 'Tumbalatum', 'Eterna Sacanagem', 'Uma Nora pra Cada Dia' ou 'Agora é Tudo Meu'. Tornou-se um dos grandes nomes do funk brasileiro e um fenómeno à escala mundial.

MC Kevinho está pela décima sexta vez em Portugal, tendo conversado com o Fama ao Minuto antes do arranque de uma digressão que passa por Porto, Lisboa, Algarve, Loures, Nisa, Alcobaça, Lousada, Setúbal e Açores.

O primeiro espetáculo do músico realiza-se hoje, sábado, 12 de julho, no Porto. MC Kevinho sobe ao palco às 22h00 no Palco Principal da 7.ª edição do Festival da Comida Continente. A entrada é gratuita.

A última vez que estive em Portugal estava de cadeira de rodas

Qual a expectativa para o regresso a Portugal?

É uma grande expectativa voltar a Portugal, que considero a minha segunda casa. Subir ao palco e ter os meus fãs portugueses ali na frente é muito gratificante. A última vez que estive em Portugal, tinha operado o tornozelo depois de ter rompido o tendão de Aquiles e estava de cadeira de rodas, mas fiz questão de cumprir toda a agenda de shows. Agora estou animado e sem nada que me impeça de participar do show com os meus fãs.

O público português tem a energia certa para os seus espetáculos?

Com certeza. Meu show é pra cima e dançante, ninguém pode ficar parado e o público português tem essa energia. Eles vêm junto com o Kevinho do começo ao fim do show.

© Reprodução Instagram - Kevinho

O que podem esperar os fãs deste concerto no Festival da Comida Continente?

Estou muito animado para subir ao palco do Festival da Comida Continente e apresentar um show marcante, com muitas novidades para vocês.

E por falar em comida… Música e comida é uma boa combinação?

Com certeza. Nada melhor do que aproveitar a culinária portuguesa e já assistir ao show.

Qual o prato típico em Portugal de que mais gosta?

O tradicional bacalhau português, claro.

Estou mais maduro, mais determinado. Sei o que quero para a minha carreira

Já teve oportunidade de visitar o país?

Já estive muitas vezes em Portugal, mas tive poucas oportunidades de sair por conta da agenda de shows. Espero que agora, nesta tour, eu consiga aproveitar mais e visitar as cidades com mais calma.

Passaram alguns anos desde o início da sua carreira, o que mudou durante estes anos no "miúdo dos hits"?

Estou mais maduro, mais determinado. Sei o que quero para a minha carreira e discuto isso com a minha equipa, com a minha gravadora e com o meu empresário - as diretrizes que vamos tomar. Estou muito à frente da minha carreira nesse momento.

'Olha a Explosão' apresentou-me para o Brasil e para o mundo, mas para manter-me em 10 anos de carreira foi um trabalho que venho realizando ano após ano'Olha a Explosão' foi um dos seus maiores hits até agora. É um tema obrigatório nos seus espetáculos?

Com certeza. 'Olha a Explosão', 'O Grave Bater', 'Tumbalatum', 'Eterna Sacanagem', 'Uma Nora pra Cada Dia', 'Agora é Tudo Meu', são músicas que fazem parte da minha história e são as preferidas dos meus fãs, tanto no Brasil como em Portugal, e por isso estão no meu repertório sempre.

Depois de um single com tanto sucesso como 'Olha a Explosão', a exigência aumenta? Cresce o medo de não voltar a ter um sucesso tão grande como este?

Nunca parei de trabalhar, de compor e de estar sempre pensando no melhor para o meu público. 'Olha a Explosão' me apresentou para o Brasil e para o mundo, mas para me manter por esses 10 anos de carreira foi um trabalho que venho realizando ano após ano. O segredo é não parar nunca e acreditar que é possível. Por isso, estou aqui em tour na Europa todos os anos.

O funk cada vez mais conquista o espaço que sempre mereceuO funk brasileiro tem vindo a ganhar cada vez mais notoriedade e fãs. Como se explica este fenómeno?

O funk cada vez mais conquista o espaço que sempre mereceu. É um trabalho que todos nós do funk batalhamos há muito tempo. É um som que traz uma identificação cultural e com isso traz a galera para esse movimento.

Quais os planos para o seu futuro no mundo da música?

Nunca deixar de cantar. Estar em cima do palco é a minha vida, sempre sonhei com isso e não vou parar.

O que diria hoje ao menino de 14 anos que começou a divulgar as suas músicas na internet?

Eu acreditei e é isso que sempre falo: acredite nos seus sonhos e nunca deixe que nada te pare.

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