Conflitos de casal, desafios
profissionais, ritmo de vida agitado,
dúvidas em relação ao futuro... Está longe de ser um caso único. Independentemente da vida que leva, não há ninguém que não os tenha.

Se sente que se limita a sobreviver,
em vez de viver, sofre de stress.
Ponha o pé no travão e tome nota, senão corre o risco de poder viver a sofrer de problemas ainda maiores.

Quando enfrenta uma
situação nova, que implica
dificuldade ou ansiedade, o seu
corpo e mente preparam-se para
lutar ou fugir, libertando
adrenalina e outras hormonas que
aguçam os sentidos e lhe dão mais
energia, resistência e força. O seu
coração bate mais depressa, a sua
respiração acelera, os seus
músculos ficam tensos.

Esta
reacção é um mecanismo saudável
e natural para se adaptar à
mudança mas quando este se
torna constante ou intenso,
diminui a sua qualidade de vida e
provoca um desgaste contínuo do
organismo, mente e emoções.
Alguns detonadores do stress são
evidentes (como ficar sem emprego,
adoecer ou perder um ente
querido) e outros devem-se
a um estilo de vida demasiado
exigente.

Seja qual for a sua
origem, pode aprender a geri-lo
da seguinte forma:

1. Mais realismo
= menos angústia

Problema: É frequente exigir a
si mesma mais do que pode, sabe
(ou até precisa) de fazer. Define
objectivos que estão fora do seu
alcance, por falta de tempo,
capacidade ou recursos para os
concretizar com sucesso.

Solução: Para além de definir
metas realistas e de acordo com as
suas possibilidades, deve programar
as suas actividades num período de
tempo razoável e as prioridades de
acordo com o momento. Assim
conseguirá levar a cabo aquilo a
que se propõe e deixará de sentir
que nunca consegue nada e que
está descontrolada.

2. Seja fiel
a si mesma

Problema: Permite que a
condicionem, aceita os modelos
impostos pela família e pela
sociedade, obriga-se a fazer coisas
que não deseja, é condescendente
nas relações afectivas e de trabalho,
e faz tudo sem nunca recusar nada.

Solução: Pergunte a si mesma
se as suas acções e decisões
correspondem aos seus desejos
e necessidades, e não aos dos
outros. Se não for assim,
modifique essas acções. Estabeleça
os seus limites. Aprenda a dizer
não, de forma educada, simples
e clara. Desta forma, livrar-se-á de
uma fonte de stress e fortalecerá a
sua
auto-estima.

3. Ocupe-se
em vez de se preocupar

Problema: A procrastinação
constante não só cria uma lista
angustiante de coisas por fazer,
como acumula toxinas psicológicas,
que lhe roubam perspicácia e
acabam por diminuir a sua energia
e capacidade intelectual.

Solução: Para relaxar, tente
resolver o quanto antes tudo o
que mais a preocupa e deixa
tensa, e tudo aquilo em que sabe
que deve investir mais energia.
Um truque para o conseguir
consiste em viver aqui e agora,
com todas as suas dificuldades e
adversidades, mas também com
o gozo de resolvê-las e superá-las
no momento, desfrutando a
passagem de cada minuto. Esta é uma forma saudável de pensar
e agir com a qual descobrirá que
a ansiada calma não está assim
tão longe.

Texto: Madalena Alçada Baptista