Embora não existam dados estatísticos oficiais, os problemas cognitivos afetam muitos portugueses, sobretudo mulheres entre os 40 e os 50 anos, na fase da menopausa.
Falámos com Vítor Tedim Cruz, neurologista no Hospital de São Sebastião e um dos investigadores que desenvolveu a plataforma Cogweb (cogweb.pt), vencedora do Prémio Hospital do Futuro 2011/2012.
Este projeto «destina-se a pessoas a quem seja preciso identificar, prevenir ou tratar problemas cognitivos. Podem ser encaminhadas por um neurologista, psiquiatra, neurocirurgião, médico de família ou de medicina física e reabilitação», explica Vítor Tedim Cruz. Sobre o modo de funcionamento, o neurologista esclarece que «um psicólogo avalia e quantifica os défices cognitivos do paciente e prescreve-lhe exercícios validados científicamente, que ele fará em casa, via Internet».
«Toda a sua atividade fica registada», subçinha o especialista. São várias as vantagens desta plataforma. «Periodicamente, são enviados relatórios ao médico, que pode ajustar o treino à distância. O doente só regressa ao hospital para reavaliação neuropsicológica, por norma após três meses de treino», esclarece o investigador. «Já demos formação em mais de 16 hospitais. Qualquer pessoa pode ligar para a nossa linha (913 837 876) e indicamos onde pode ser avaliada. Nos hospitais públicos, é gratuito», conclui.
Revisão científica: Vítor Tedim Cruz (neurologista no Hospital de São Sebastião - Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga)
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