Usados em casos de faringite aguda, os medicamentos para a dor de garganta «têm diversos constituintes cuja eficácia não está bem fundamentada, embora alguns possam ter interesse terapêutico como a benzidamina, a tirotricina (com atividade antibiótica) e a cloro-hexidina, um antissético local», refere a farmacêutica Cristina Azevedo.
«A ação é limitada, aliviando, muitas vezes, apenas temporariamente a dor de garganta», acrescenta ainda esta especialista.
Quanto à dosagem para adultos, lembre-se que se optar por pastilhas, deve dissolve-las lentamente na boca, em geral, de duas em duas ou de quatro em quatro horas. No caso das soluções tópicas e sprays, gargareje ou pulverize, em geral, duas ou três vezes por dia. Este tipo de medicamentos não implica efeitos secundários de grande destaque. Geralmente são bem tolerados, «embora possam originar irritações locais, da língua e/ou tecidos bucais».
«Alguns podem alterar o paladar, induzir sensação de ardor ou formigueiro na boca ou garganta. As pastilhas com anti-inflamatórios não esteroides tópicos (flurbiprofeno) têm os efeitos secundários e as contra indicações conhecidas para este grupo terapêutico», acrescenta a especialista. Nunca tome este tipo de medicamentos sem consultar o médico se «tiver hipersensibilidade às substâncias ativas e/ou excipientes», refere ainda.
«Geralmente, em caso de gravidez e aleitamento não deverão ser usados», alerta a farmacêutica. O tratamento com este tipo de medicamentos dura cerca de três dias, não devendo ser prolongado por mais de sete dias, exceto sob supervisão médica.
Texto: Sónia Ramalho com Cristina Azevedo (farmacêutica)
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