O uso de máscara, que na fase de contenção da pandemia pelo novo coronavírus SARS-Cov-2 era apenas aconselhado a profissionais de saúde e a pessoas com covid-19, a doença causada pelo novo coronavíris, deve ser alargado a outras pessoas na fase de mitigação, atingida a 16 de março de 2020, como alertou, na altura, a Fundação Portuguesa do Pulmão em comunicado de imprensa. Esta fase sucede à fase de contenção e é anterior à fase de recuperação.
O objetivo é minimizar o número de pessoas afetadas pelo novo coronavírus até ser criada uma vacina ou um tratamento. Às medidas de contenção até ao momento implementadas na fase de contenção, devem acrescentar-se outras. As pessoas saudáveis apenas precisam de usar máscara quando estiverem "a tomar conta de alguém infetado ou com suspeita de infeção pelo novo coronavírus", adverte também um artigo publicado no site da revista Prevenir.
Os que não podem fugir ao uso da máscara
No período de mitigação do novo coronavírus, a Fundação Portuguesa do Pulmão considera "de maior importância a proteção respiratória, realizada através de equipamento de proteção individual, a máscara". "Este equipamento deve ser utilizado por todas as pessoas que tenham suscetibilidade acrescida", sublinha ainda esta organização nacional. Entre os cidadãos que não podem fugir ao uso desta forma de prevenção e de proteção respiratória, incluem-se:
- Profissionais de saúde
- Pessoas infetadas pelo novo coronavírus
- Doentes respiratórios crónicos ou portadores de outras doenças crónicas, como é o caso da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), da insuficiência cardíaca, da hipertensão, da insuficiência renal ou ainda da diabetes
- Pessoas com idade superior a 60 anos
- Doentes que tenham visto a sua imunidade diminuída, como é o caso dos transplantados e de pessoas com doenças autoimunes, neoplasias, linfomas, leucemias ou doenças do intestino
As alturas em que usar máscara é mesmo obrigatório
Se é saudável, saiba que apenas precisa de usar máscara quando estiver a tomar conta de alguém que foi infetado ou com suspeita de infeção pelo novo coronavírus. Essa é, pelo menos, a indicação da Organização Mundial de Saúde. Os doentes infetados ou com suspeita de infeção devem usar máscara sempre que estiverem em contacto com outras pessoas.
Se faz parte dos restantes grupos de risco a quem se aconselha o uso de máscara, esta deve ser usada sobretudo em contextos de grandes aglomerados, como é o caso dos transportes públicos, assim como nas deslocações aos serviços de saúde, como também recomenda a Fundação Portuguesa do Pulmão no documento que emitiu.
5 recomendações a seguir para usar eficazmente a máscara
Em primeiro lugar, é preciso ter em conta que o uso da máscara, como medida de proteção face ao novo coronavírus de origem asiática, só é eficaz e efetivo quando é complementado com a lavagem frequente das mãos com água e sabão ou com uma solução à base de álcool, um pormenor de grande importância. Depois, para que o uso de máscara cumpra a sua função protetora, é preciso usá-la bem, seguindo os passos recomendados pela Organização Mundial de Saúde:
1. Antes de colocar a máscara, lave as mãos com água e sabão ou com uma solução de base alcoólica com um teor de álcool mínimo de 70%.
2. Cubra a boca e o nariz com a máscara e certifique-se de que não existem aberturas entre o rosto e o tecido.
3. Evite tocar na máscara enquanto a usa. Se o fizer, lave imediatamente as mãos com água e sabão ou com uma solução de base alcoólica com um teor de álcool mínimo de 70%.
4. Substitua a máscara assim que a sentir húmida e não reutilize máscaras descartáveis, que devem ter apenas uma única utilização.
5. Retire a máscara por trás, nunca tocando na parte da frente do dispositivo. Depois de a remover do rosto, coloque-a imediatamente no lixo. De seguida, lave as mãos com água e sabão ou com uma solução de base alcoólica com um teor de álcool mínimo de 70%.
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