2 de julho de 2013 - 09h56
Investigadores australianos garantiram hoje estarem perto de descobrir uma vacina contra a malária, com uma investigação que demonstra que o tratamento protegeu ratos contra várias estirpes da doença.
Michael Good, da Universidade de Griffith, Queensland, disse que a vacina levou a que os glóbulos brancos atacassem o parasita da malária, potencialmente mortal e que vive nos glóbulos vermelhos.
“Uma única toma induziu imunidade a várias espécies de parasitas da malária”, refere o estudo, publicado hoje no Journal of Clinical Investigation, e citado pela agência France Presse.
O investigador explicou que a pesquisa da equipa focava-se em induzir os glóbulos brancos a atacarem o parasita, qualquer que fosse a estirpe da doença.
“Os glóbulos brancos, quando induzidos a matarem a malária, conseguem reconhecer as proteínas que há no parasita, mesmo as internas”, afirmou.
De acordo com Michael Good, o aspeto inovador desta investigação está no facto de os investigadores “terem conseguido induzir uma resposta imune, que é capaz de reconhecer no parasita moléculas que existem em todas as estirpes”.
Esta vacina deverá, segundo o investigador, ser barata e de fácil fabricação, o que significa que, caso seja aplicável em humanos, poderá ter um impacto forte nos países pobres, onde a malária mata milhares de pessoas por ano.
“Mas não queremos pôr o carro à frente dos bois. Primeiro, e mais do que tudo, queremos demonstrar que a vacina é eficaz em humanos”, referiu.
Estima-se que, em 2012, 219 milhões de pessoas foram infetadas com malária e que 600 mil morreram devido a esta doença, sendo a maioria crianças africanas com menos de cinco anos, de acordo com dados revelados em dezembro pela Organização Mundial de Saúde.
Lusa