“Todas as regiões de Portugal continental e a Região Autónoma da Madeira reportaram casos, dos quais 641 (77%) na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo”, adiantou a DGS na atualização semanal sobre a evolução da doença no país.

De acordo com a autoridade de saúde, até quarta-feira, foram reportados 831 casos no SINAVEmed (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), a maior parte dos quais pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos (44%).

Segundo os dados da DGS, 99% das infeções foram registadas em homens (823), tendo sido notificados oito casos em mulheres.

A DGS avançou ainda que a recente média de novos casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox “corrobora a desaceleração observada na notificação e, por aproximação, da transmissão da infeção”.

Em 16 de julho foi iniciada a vacinação dos primeiros contactos próximos e, até ao último domingo, tinham sido vacinadas 400 pessoas, adiantou ainda o departamento liderado por Graça Freitas, ao referir que continuam a ser identificados e orientados para esse processo os contactos elegíveis nas diferentes regiões do país.

De 01 de janeiro a 07 de setembro, foram reportados à Organização Mundial da Saúde 54.707 casos confirmados e 397 casos prováveis de infeção humana pelo vírus VMPX em 102 países, tendo sido registadas 18 mortes.

De acordo com os dados disponibilizados pela DGS, o número de novos casos reportados no mundo diminuiu 25,5% na semana de 29 de agosto a 04 de setembro, comparativamente com os sete dias anteriores.

Os 10 países com maior número de casos são os Estados Unidos da América (19.833), a Espanha (6.749), o Brasil (5.525), a França (3.646), a Alemanha (3.505), o Reino Unido (3.484), o Peru (1.724), o Canadá (1.289), a Holanda (1.172) e a Colômbia (938), que, no seu conjunto, representam 87,5% das infeções notificadas a nível global.

Os sintomas mais comuns da infeção por Monkeypox são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

O vírus Monkeypox transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.