A partir da meia-noite de terça-feira quem tenha estado nestes países nos 14 dias anteriores à entrada no território será sujeito a uma observação médica de 14 dias, “devido à evolução epidémica” do Covid-19 nestes países, disse a coordenadora do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou, em conferência de imprensa.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Grécia, Hungria, Islândia, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Suécia, Suíça, Reino Unido e Rússia são os restantes países europeus incluídos na lista, devido ao número de casos de infeção do Covid-19 que se têm registado no continente europeu.

Aos residentes do território é lhes permitida a quarentena em casa, por outro lado as restantes pessoas terão de ficar em isolamento num hotel escolhido pelas autoridades e terão que pagar a estadia.

Na passada terça-feira entrou em vigor a imposição de uma quarentena de 14 dias para quem tenha estado na Alemanha, Espanha, França ou Japão nos 14 dias anteriores à entrada em Macau.

Esta medida vigora também, há algumas semanas, para as pessoas provenientes da Coreia do Sul, de Itália e do Irão.

Na sexta-feira à noite, a região vizinha Hong Kong anunciou que os visitantes de quase toda a zona Schengen europeia, que inclui Portugal, estarão sujeitos a “quarentena domiciliária obrigatória” a partir da próxima terça-feira.

A esmagadora maioria das pessoas que chega a Macau através de destinos internacionais, que não a Ásia, aterra no Aeroporto Internacional Hong Kong e só depois é que vem para Macau através da maior ponte do mundo que junta os dois territórios.

Por esta razão, a chefe do departamento de licenciamento e inspeção da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, Inês Chan, instou hoje aos residentes do território a voltarem a Macau antes de terça-feira.

“Apelamos a que voltem antes de dia 17 de março”, afirmou, na mesma conferência de imprensa.

A responsável disse ainda que não está garantido que os residentes do território que cheguem a Hong Kong possam vir para Macau, ao invés de ficarem na antiga colónia britânica em quarentena.

“Quando tivermos informações concretas é que podemos comunicar”, mas ainda não há qualquer informação concreta sobre esta matéria, explicou, acrescentando que as autoridades já receberam 136 pedidos de consulta por parte de residentes sobre esta matéria.

Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar.

Dos 2.225 casos suspeitos em Macau, 2.119 foram excluídos pelas autoridades, com 16 à espera de resultados de análises, não existindo neste momento pessoas em isolamento.

Nas últimas 24 horas, foram efetuados 202 testes, sublinharam as autoridades de saúde, no dia em que se cumpre o 39.º dia sem novos casos no território.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.500 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 143 mil pessoas, com casos registados em mais de 135 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.

A Organização Mundial de Saúde declarou que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.