
De acordo com Pedro Rosa, diretor técnico de uma farmácia em Alcabideche, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa, até ao início da tarde já tinham sido realizados “dois testes” a dois utentes que se deslocaram à farmácia.
De acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, a privacidade dos utentes está “garantida em todo o circuito”.
“Em todo este circuito se o utente não se quiser identificar não se identifica, portanto pode fazer o teste sem ser necessário nunca dar os seus dados pessoais. Só se for reativo, aquando do contacto com a linha SNS 24 para marcar a consulta [hospitalar] aí é que tem de se identificar, mas todo este circuito é totalmente confidencial, anónimo, de forma que o utente não tenha nenhum constrangimento de vir fazer o teste a qualquer farmácia”, afirmou.
Fernando Araújo lembrou ainda que o Ministério da Saúde mantém o objetivo de, até final do ano, ser possível comprar estes testes nas farmácias e realizá-los em casa. Segundo o governante, a proposta legislativa que avança com a possibilidade dos testes em casa já foi aprovada em Conselho de Ministros e promulgada pelo Presidente da República.
Durante a visita esta tarde a uma farmácia de Alcabideche, em Cascais, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde explicou ainda que os farmacêuticos têm, na formação que recebem para a realização dos testes rápidos, uma “grande área da formação” na área da psicologia.
“Uma das grandes áreas de formação dos farmacêuticos está relacionada com a informação pré e pós teste e, em caso de reatividade, não só o apoio psicológico, mas também a explicação. Um teste reativo não significa necessariamente um teste positivo e, portanto, há que explicar muito bem ao utente o que está aqui em causa e depois, naturalmente, orientá-lo através da linha SNS 24 para a instituição hospitalar onde vamos poder confirmar ou não o diagnóstico e depois segui-lo”, clarificou.
O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras destacou o facto de a iniciativa ter partido de uma associação do município.
“A iniciativa nasce de uma associação do concelho que teve o ensejo de financiar a aquisição dos testes e, nesse sentido, é positivo quando se juntam poderes locais, centrais, associações, enfim a sociedade em geral, para que os resultados sejam os melhores, como estamos certos que vão ser”, disse.
Lisboa e Porto serão as duas próximas cidades que vão passar a disponibilizar testes rápidos à população, seguidas de Almada, Amadora, Loures, Oeiras, Odivelas, Portimão e Sintra, municípios que assinaram o compromisso "via rápida para eliminar o VIH" até 2030.
O secretário de Estado Adjunto da Saúde lembrou ainda o compromisso do Governo de, até ao final do ano, passar a disponibilizar testes que podem ser feitos em casa.
“Deverá ser publicada muito proximamente a legislação que nos vai permitir essa abertura, que atualmente estava vedada sob o ponto de vista legal, e esperamos cumprir com o que tínhamos prometido que é até ao final do ano os testes poderem ser realizados em casa, poderem ser vendidos nas farmácias comunitárias. Estamos muito focados nesse objetivo e temos a certeza que vamos conseguir, será uma alternativa diferente”, disse.
Com Lusa
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