Segundo a agência EFE, as autoridades indianas estimam que a terceira vaga de covid-19 que o país enfrenta venha a atingir picos diários de 500.000 a um milhão de infetados por dia.

Os dados revelados hoje elevam o número total de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde o início da pandemia, para 35,5 milhões e o número de mortos para 483.790.

A EFE refere que várias regiões daquele país aumentaram as restrições com receio de que o aumento de surtos leve também ao aumento de hospitalizações, limitando a capacidade do “frágil” sistema de cuidados de saúde indianos.

O Governo de Deli ordenou um recolher obrigatório este fim de semana, que entrou em vigor na sexta-feira à noite e que permanecerá até às 05.00 da manhã de segunda-feira.

O estado de Maharashtra proibiu concentrações com mais de cinco pessoas, fechou escolas e colégios, e limitará o uso do transporte público apenas a pessoas vacinadas.

Maharashtra, onde fica a capital Mumbai, tem sido atingida pelo coronavírus como nenhuma outra região da Índia e nos últimos dois anos foram decretados vários encerramentos, recolher obrigatório e restrições.

A esperança das autoridades para combater a covid-19 é agora o elevado nível de imunização da população, juntamente com a taxa de imunidade de grupo, o que fez reduzir significativamente o número de hospitalizações e casos graves.

A campanha de vacinação do país imunizou mais de 631 milhões de pessoas em quase um ano com duas doses da vacina e pelo menos 885,6 milhões com uma.

A covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.091 pessoas e foram contabilizados 1.613.427 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

A velocidade de propagação da doença na Índia é muito mais rápida do que as ondas anteriores do vírus, que no passado levaram meses a ultrapassar a marca dos 100.000, mas desta vez levou menos de duas semanas.