A investigação de 2022-2023 da organização sediada em Nova Iorque sobre as condições de trabalho nos campos de algodão no estado central de Madhya Pradesh revelou "o uso generalizado de trabalho infantil e trabalho ilegal de adolescentes".
A Transparentem disse que os "graves abusos" descobertos "parecem ser endémicos na região".
Os investigadores também encontraram "evidências de trabalho forçado" e "condições de trabalho abusivas".
Por exemplo, muitos funcionários são forçados a trabalhar para pagar dívidas enquanto as taxas de juros continuam a subir, disse a Transparentem.
A lei do país mais populoso do mundo proíbe o emprego de crianças menores de 14 anos em quase todos os setores de atividade.
A mesma também proíbe qualquer trabalho considerado perigoso para adolescentes entre os 14 e 18 anos.
Porém, devido à pobreza e à tolerância das autoridades, as ONGs estimam que 10 milhões de crianças entre os 5 e os 14 anos ainda são forçadas a trabalhar na Índia, principalmente no setor agrícola.
De acordo com a Transparentem, os produtores sob investigação abastecem três empresas indianas, que depois vendem os seus produtos à base de algodão para grupos como a Adidas, a H&M, a Amazon e a Gap.
Quando contatadas pela organização, as três empresas indianas e os cerca de 60 grupos que fornecem afirmaram que estavam envolvidos em iniciativas para promover o algodão "ético".
A maioria destas empresa "começou a trabalhar em conjunto para encontrar soluções", comentou a Transparentem.
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