Desde o início da pandemia, Portugal registou 1.369 mortes associadas à COVID-19 e 31.596 casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em relação a ontem, registaram-se mais 13 óbitos (aumento de 1%) e mais 304 infetados (crescimento de 1%). Hoje há 18.637 casos de recuperação, mais 288 do que ontem.
A última vez que Portugal registou mais de 300 novos casos de infeção pelo novo coronavírus foi a 8 de maio, quando se reportou um aumento de 553 episódios clínicos.
O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de quarta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes relacionadas com o vírus SARS-CoV-2, com 761 óbitos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (340), Centro (237) e Algarve (15). Pelo menos uma morte foi registada no Alentejo. Há 15 mortes contabilizadas nos Açores. Na Madeira não há óbitos registados.
Em todo o território nacional, há 512 doentes internados, mais dois do que na terça-feira, e 65 em unidades de cuidados intensivos, menos um que ontem.
Pelo menos 1.310 pessoas aguardam resultado laboratorial e 27.563 estão em vigilância pelas autoridades. Desde 1 de janeiro registaram-se 318.810 casos suspeitos, sendo que 285.904 não se confirmaram.
Das mortes registadas no documento de hoje disponibilizado pela DGS, 919 tinham mais de 80 anos, 269 tinham idades entre os 70 e os 79 anos, 122 entre os 60 e 69 anos, 42 entre 50 e 59, 15 entre os 40 os 49, um entre os 30 e os 39 anos e um homem entre os 20 e os 29 anos.
A região Norte continua a registar o maior número de infeções, com (16.718) seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (10.320), da região Centro (3710), do Algarve (366) e do Alentejo (257). Nos Açores, existem 135 casos confirmados e na Madeira 90.
Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus, com 2.290 casos, seguido de Vila Nova de Gaia (1.553), Porto (1.351), Matosinhos (1.277), Braga (1.218), Sintra (1.173), Gondomar (1.083), Maia (944), Loures (934), Valongo (757), Amadora (753), Guimarães (713), Ovar (661) e Coimbra (579).
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 50 aos 59 anos (5.253), seguida da faixa é a dos 40 aos 49 anos (5.315), e das pessoas com mais de 80 anos, em que há 4.479 casos.
Há 4.636 doentes com idades entre 30 e 39 anos, 4.114 entre os 20 e os 29 anos, 3.484 entre os 60 e 69 anos e 2.537 com idades entre 70 e 79 anos.
A DGS regista ainda 626 casos de crianças até aos nove anos e 1.052 de jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.
De acordo com o boletim, 40% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 12% dificuldade respiratória. Esta informação refere-se a 91% dos casos confirmados.
Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde, 177 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 137 de França, 88 do Reino Unido, 48 dos Emirados Árabes Unidos, 45 da Suíça, 32 de Andorra, 30 do Brasil, 29 de Itália, 24 dos Estados Unidos, 19 dos Países Baixos, 18 da Argentina, 15 da Austrália, 13 da Alemanha e também 10 na Bélgica.
O boletim dá ainda conta de oito casos da Áustria, seis do Canadá e quatro de Cabo Verde, quatro do Egito, quatro da Índia e também quatro da Indonésia.
Há ainda três casos importados de Angola, Guatemala, Israel, Irlanda e Tailândia. Há dois casos importados da África do Sul, Chile, Cuba, Jamaica, Luxemburgo, Malta, México, Paquistão e Suécia.
Foram importados um caso da Alemanha e Áustria, outro da Alemanha e Irlanda e ainda um de Andorra e Espanha. Há igualmente registo de um caso importado de países como Arábia Saudita, Azerbaijão, China, Dinamarca, Irão, Japão, Maldivas, Marrocos, Noruega, Polónia, Qatar, República Checa, Singapura, Turquia, Ucrânia e Venezuela.
Portugal entrou às 00:00 de 3 de maio em situação de calamidade, depois de ter estado em três períodos consecutivos em estado de emergência que vigoraram desde 18 de março.
Com a situação de calamidade, vigora um “dever cívico de recolhimento domiciliário” para a população em geral, independentemente da idade ou de uma pessoa apresentar fatores de risco, em vez do “dever geral de recolhimento” e do “dever especial de proteção” para determinados grupos, como acontecia no estado de emergência.
Veja o mapa de risco de ser infetado em Portugal
Um mapa desenvolvido pelo CERENA do Instituto Superior Técnico
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Mais de 159 mil mortes em excesso desde março na Europa
A Organização Mundial de Saúde afirmou hoje que desde março, o pico da pandemia da COVID-19 na Europa, morreram mais pelo menos mais 159.000 no continente europeu do que no mesmo período do ano passado. O “número alarmante” foi hoje revelado pelo diretor regional europeu da OMS, Hans Kluge, que indicou que, de acordo com os dados recolhidos em 24 países, a mortalidade em excesso registada desde o início de março é “muito acima do que seria normalmente expectável nesta altura do ano”.
Em conferência de imprensa virtual a partir da sede europeia da organização, em Copenhaga, Hans Kluge indicou que nos 53 países cobertos, se registaram “mais de dois milhões de casos [de COVID-19] e mais de 175 mil mortes”.
Segundo os números da OMS, mais de 94% de todas as mortes relacionadas com a COVID-19 foram de pessoas com mais de 60 anos de idade e 59% eram homens. Em 97% dos casos, havia outra doença prévia, na maior parte dos casos cardiovascular.
Nas últimas duas semanas, o número de casos acumulados aumentou 15% e nesse período, os países com mais novos casos comunicados foram Rússia, Reino Unido, Turquia, Bielorrússia e Itália.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
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