Portugal regista esta quinta-feira mais 39.074 casos de COVID-19 e 25 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.054 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.539.050 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 30.707 casos de recuperação - um novo máximo - nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.272.556 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 43,4% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.013 (+15), seguida do Norte com 5.799 óbitos (+7), Centro (3.378, =) e Alentejo (1.091, +1). Pelo menos 591 (+1) mortos foram registados no Algarve. Há 128 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 54 (+1) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 1.311 doentes internados, mais 60 do que ontem, e 158 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 15 face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 247.440 casos ativos da infeção em Portugal — mais 8.342 do que ontem — e 201.004 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 3.442 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 609.700 (+16.989), seguida da região Norte (558.312 +14.094), da região Centro (213.174 +4.285), do Algarve (63.148, +1.021) e do Alentejo (52.998 +1.154). Nos Açores existem 14.007 casos contabilizados (+379) e na Madeira 27.711 (+1.152).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 2.104,7 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,41. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,41. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.345 (+16) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.137, +7), entre 60 e 69 anos (1.754, =) entre 50 e 59 anos (557, +2), 40 e 49 anos (192, =) e entre 30 e 39 anos (49, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.018 são do sexo masculino e 9.036 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 260.125 (+7.528) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 255.391 (+7.248), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 234.157 (+6.656). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 210.692 (+5.868) reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 167.098 (+4.404), entre os 60 e os 69 anos soma 137.720 (+2.951) e a dos 0-9 anos tem 104.569 (+2.291) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 86.557 (+782) infeções e dos 70 aos 79 anos, com 82.741 (+1.346) casos.

Desde o início da pandemia, houve 721.024 homens infetados e 816.470 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1546 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para Costa a situação é "tranquila" e por isso há condições para avançar com cautela

O primeiro-ministro considerou hoje que o país se encontra numa situação "tranquila" no que respeita à contenção de casos graves da covid-19 e que há condições para avançar "com cautela" no levantamento de algumas restrições.

Esta análise foi feita por António Costa no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, no final da reunião do Conselho de Ministros que procedeu à avaliação do impacto da pandemia em Portugal.

“Não estamos numa situação de pressão sobre os internamentos, quer em cuidados gerais, quer em cuidados intensivos. Temos neste momento no nosso sistema hospitalar cerca de 16 mil pessoas internadas e menos de 10% são doentes covid-19”, afirmou o líder do executivo no final da conferência de imprensa.

Segundo o primeiro-ministro, em termos de condições sanitárias, o país atravessa “neste momento, felizmente, uma situação tranquila”.

“Caso a situação se alterar essa situação, teremos sempre em conta os diferentes indicadores, que tem a ver com a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde”, ressalvou, já depois de ter defendido que, face aos indicadores disponíveis, “há condições para se avançar com cautela” no levantamento de restrições.

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