A Medicago vai sujeitar a partícula a “testes pré-clínicos de segurança” e conta “iniciar os testes da vacina em humanos no verão de 2020”.

O processo para chegar à vacina começou com a identificação do gene do vírus que causa a doença Covid-19 e a empresa usa plantas na sua investigação.

Em vez de injetar o vírus em ovos para este se propagar, como outras empresas farmacêuticas, esta não usa um vírus vivo, mas introduz a sequência genética do vírus numa bactéria encontrada no solo que é absorvida por plantas da família da planta do tabaco.

Depois disso, a planta começa a produzir uma proteína que pode ser usada como vacina, que pode acompanhar eventuais mutações do vírus usando plantas novas.

A Comissão Europeia disse hoje esperar que uma potencial vacina para o novo coronavírus que está a ser criada por um laboratório alemão esteja no mercado até ao outono, podendo “salvar vidas dentro e fora da Europa”.

Portugal registou ontem a primeira morte por COVID-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido. Trata-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Há pelo menos 448 pessoas infetadas em Portugal, segundo o boletim diário divulgado esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Numa mensagem em vídeo, o Presidente da República anunciou no domingo uma reunião do Conselho de Estado na quarta-feira para "analisar a situação". Marcelo Rebelo de Sousa deverá decidir amanhã se decreta ou não Estado de Emergência, um estado de exceção que só pode ser declarado em casos de grave ameaça ou perturbação da ordem democrática ou de calamidade pública.

O Governo português ativou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença COVID-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”. O surto de COVID-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 7.000 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 175 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China. Vários países na Europa, como Itália, Noruega, Irlanda, Dinamarca, Lituânia, França e Alemanha, encerram total ou parcialmente escolas, universidades, jardins de infância e outras instituições de ensino.

França decretou o isolamento obrigatório na segunda-feira e suspendeu a segunda volta das eleições municipais.

Cronologia: Os principais acontecimentos ligados à pandemia de COVID-19
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Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, comunicou na semana passada ao país o encerramento de todas as escolas para travar a proliferação do coronavírus, entre outras medidas.

Também foi anunciado a suspensão de todos os voos de e para Itália e de e para Espanha.

A Direção-Geral de Saúde reforçou as recomendações à população.

Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China e o Governo italiano decidiu há uma semana alargar a quarentena, imposta inicialmente no norte do país, a todo o território italiano.

Na quarta-feira, as autoridades italianas voltaram a decretar medidas de contenção adicionais e ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais à exceção dos de primeira necessidade, como supermercados ou farmácias.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

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