Portugal regista esta quarta-feira mais 65.578 casos de COVID-19 - um novo recorde diário - e 42 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.703 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 2.377.818 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 62.145 casos de recuperação - um novo máximo - nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.842.153 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região Norte é a área do país com mais novas notificações, num total de 43,2% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 8.306 (+15), seguida do Norte com 5.989 óbitos (+16), Centro (3.465, +9) e Alentejo (1.113, +2). Pelo menos 620 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 154 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 56 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos registam descida

Em todo o território nacional, há 2.313 doentes internados, menos sete face ao valor de ontem, e 154 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos quatro em relação ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 515.962 casos ativos da infeção em Portugal — mais 3.391 do que ontem — e 546.357 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 26.343 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região do Norte é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 905.185 (+28.314), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (892.220 +18.696), da região Centro (325.225 +11.204), do Algarve (90.642 +2.828) e do Alentejo (78.305 +2.094).

Nos Açores existem 26.561 casos contabilizados (+1.285) e na Madeira 59.680 (+1.157).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência superior a 5.728,4 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 5.322,6 casos de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,17, superior aos 1,15 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,18. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.746 registadas (+24) desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.278, +10), entre 60 e 69 anos (1.814, +6) entre 50 e 59 anos (588, +2), 40 e 49 anos (201, =) e entre 30 e 39 anos (52, =). Há ainda 18 mortes registadas (=) entre os 20 e os 29 anos, três (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.359 são do sexo masculino e 9.344 do feminino.

A faixa etária entre os 40 e os 49 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 410.467 infeções (+12.418), seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 380.372 (+7.860), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 372.701 (+11.295). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 307.073 reportadas (+5.590). A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 289.103 (+11.123), entre os 0-9 anos soma 221.080 (+11.055) e a dos 60 e os 69 anos tem 186.690 infeções reportadas (+3.145) desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 70 aos 79 anos, que totaliza infeções 108.168 (+1.788) e dos 80 ou mais anos, com 102.164 casos (+1.304).

Desde o início da pandemia, houve 1.114.597 homens infetados e 1.260.899 mulheres, sendo que se desconhece o género de 2.322 pessoas.

Vídeo - O que é que as vacinas têm feito por nós?

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

ECDC prevê maioria de cidadãos da UE imunes na primavera e baixa transmissão

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estima que a maioria dos cidadãos europeus tenha imunidade por infeção ou vacinação anticovid-19 até à primavera ou verão, admitindo consequentes baixas taxas de transmissão e passagem para endemia.

“Concordamos que é provável que, nesta primavera ou verão, a maioria dos cidadãos da União Europeia tenha sido previamente infetada com SARS-CoV-2, previamente vacinada ou ambos, e isto pode levar a baixas taxas de transmissão nos próximos meses”, avança o ECDC em resposta escrita à agência Lusa.

Dias depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter afirmado que a variante de preocupação altamente contagiosa Ómicron pode infetar 60% dos europeus até março, iniciando uma nova fase da pandemia na Europa que a pode aproximar do seu fim, o ECDC diz à Lusa partilhar desta opinião.

Ainda assim, a agência europeia alerta que “o termo endémico [fase seguinte esperada da COVID-19 na Europa] implica uma certa estabilidade e previsibilidade da transmissão da doença, mas isto não impede a ocorrência de surtos ou epidemias que exigiriam medidas de controlo”.

“Ainda é incerto se a Ómicron significará uma fase mais estável e previsível da COVID-19 e, nesta fase, é mais importante nos concentramos em como nos adaptar à situação em mudança e mantermo-nos preparado para os próximos passos”, salienta o ECDC.

A posição surge numa altura de elevado ressurgimento de casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, que não se traduz para já em elevadas taxas de internamento ou de morte.

Veja ainda: Estes são os vírus mais letais do mundo

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