Portugal regista esta quarta-feira mais 39.570 casos de COVID-19 e 14 óbitos associados à doença, segundo o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Desde março de 2020, morreram 19.029 pessoas com esta patologia em território nacional e foram identificados 1.499.976 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2.

De acordo com o último relatório oficial, registaram-se mais 14.207 casos de recuperação nas últimas 24 horas. Ao todo há agora 1.241.849 doentes recuperados da doença em Portugal.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com mais novas notificações, num total de 42% dos diagnósticos.

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O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24h00 de ontem, indica que a região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista o maior número de mortes acumuladas relacionadas com o vírus SARS-CoV-2 com 7.998 (+6), seguida do Norte com 5.792 óbitos (+4), Centro (3.378, +4) e Alentejo (1.090, =). Pelo menos 590 (=) mortos foram registados no Algarve. Há 128 mortes (=) contabilizadas na Madeira. Nos Açores registam-se 53 (=) óbitos associados à doença.

Internamentos sobem

Em todo o território nacional, há 1.251 doentes internados, mais 48 do que ontem, e 143 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos quatro face ao dia anterior.

De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, existem 239.098 casos ativos da infeção em Portugal — mais 25.349 do que ontem — e 197.562 pessoas em vigilância pelas autoridades — mais 9.077 do que no dia anterior.

Imagem do boletim da DGS
Imagem do boletim da DGS

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a área do país com maior número de infeções acumuladas, com 592.711 (+16.550), seguida da região Norte (544.218 +13.665), da região Centro (208.889 +5.207), do Algarve (62.127, +1.173) e do Alentejo (51.844 +1.171). Nos Açores existem 13.628 casos contabilizados (+514) e na Madeira 26.559 (+1.290).

O que nos diz a matriz de risco?

Portugal apresenta uma incidência de 2.104,7 casos de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19 por cada 100.000 habitantes - mais do que os 1.805,2 casos de segunda-feira - e um índice médio de transmissibilidade R(t) nacional de 1,41, inferior aos 1,43 desse dia. Com estes valores, o país mantém-se fora da zona de segurança da matriz de risco.

No território continental, o R(t) fixou-se nos 1,41. A DGS atualiza estes dados à segundas, quartas e sexta-feiras.

Imagem do boletim da DGS
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Faixas etárias mais afetadas

O maior número de óbitos concentra-se entre as pessoas com mais de 80 anos, com 12.329 (+5) registadas desde o início da pandemia, seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (4.130, +4), entre 60 e 69 anos (1.754, +4) entre 50 e 59 anos (555, +1), 40 e 49 anos (192, =) e entre 30 e 39 anos (49, =). Há ainda 13 mortes (=) registadas entre os 20 e os 29 anos, duas (=) entre os 10 e os 19 anos e três (=) entre os 0 e os 9 anos.

Os dados indicam que, do total das vítimas mortais, 10.003 são do sexo masculino e 9.026 do feminino.

A faixa etária entre os 20 aos 29 anos é a que tem maior incidência de casos, contabilizando-se um total de 252.597 (+7.615) infeções, seguida da faixa etária dos 40 e os 49 anos, com 248.143 (+7.446), e da faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 227.501 (+6.812). Logo depois, surge a faixa etária entre os 50 e os 59 anos, com 204.824 (+5.950) reportadas. A faixa etária entre os 10 e os 19 anos tem 162.694 (+4.313), entre os 60 e os 69 anos soma 134.769 (+3.054) e a dos 0-9 anos tem 102.278 (+2.270) infeções reportadas desde o início da pandemia. Por último, surge a faixa etária dos 80 ou mais anos, que totaliza 85.775 (+750) infeções e dos 70 aos 79 anos, com 81.395 (+1.360) casos.

Desde o início da pandemia, houve 702.877 homens infetados e 795.649 mulheres, sendo que se desconhece o género de 1450 pessoas.

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Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

A COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A doença é transmitida por um novo vírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

DGS continua a avaliar período de isolamento profilático

A Direção-Geral da Saúde (DGS) continua a avaliar o período de isolamento profilático contra a COVID-19, revelou o Presidente da República, no dia em que entrou em vigor a norma com a redução do prazo para sete dias.

Em declarações aos jornalistas após a reunião sobre a situação epidemiológica da covid-19 na sede do Infarmed, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa analisou o impacto que a evolução da pandemia pode ter sobre a votação nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro e, entre outros aspetos, admitiu que pode voltar a haver alterações no período de isolamento das pessoas infetadas e dos contactos de risco.

"Está a Direção-Geral da Saúde – foi informado aqui – a estudar o período de isolamento. E da definição desse período de isolamento depende também o número de cidadãos que poderão ou não exercer o direito de voto, com uma decisão a breve trecho", afirmou o chefe de Estado.

A decisão de redução do período de isolamento de 10 para sete dias tinha sido anunciada pela DGS já no dia 30 de dezembro, mas a norma só foi atualizada hoje.

As normas atualizadas pela DGS também reduzem para sete dias o isolamento dos contactos de alto risco, mas alteram as definições destes contactos, que só entram em vigor na próxima segunda-feira.

Assim, passam a ser considerados contactos de alto risco os coabitantes do caso confirmado, exceto se tiverem esquema vacinal completo com dose de reforço, quem resida ou trabalhe em lares ou outras respostas dedicadas a pessoas idosas, comunidades terapêuticas e de inserção social, bem como em centros de acolhimento temporário, de alojamento de emergência e na rede de cuidados continuados.

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