Numa nota do gabinete do vereador da Câmara Municipal de Lisboa responsável pelo pelouro da Ação Social, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), é referido que a linha foi lançada na quarta-feira e destina-se “a atender as necessidades específicas da população em situação de sem-abrigo presente nos centros de acolhimento” montados pela autarquia.

Devido à pandemia de covid-19, nas últimas semanas, a Câmara Municipal de Lisboa já abriu quatro centros de acolhimento de emergência para sem-abrigo, no Pavilhão Municipal Casal Vistoso, no Pavilhão da Tapadinha, na Casa do Lago e no Clube Nacional de Natação.

Nestes centros de acolhimento, as pessoas em situação de sem-abrigo podem aceder a uma triagem de saúde, higiene pessoal, um banco de roupa, dormida e quatro refeições.

“Esta linha (213816161), que atendeu até agora mais de 600 pessoas, será utilizada pelos técnicos sociais e de saúde presentes nos centros de acolhimento”, lê-se na nota.

É estimado que cerca de 40% dos diabéticos em Portugal não estejam diagnosticados, “uma situação que se agrava em situações de exclusão social” e é “especialmente recorrente no caso das pessoas que vivem na rua, com frequentes problemas de saúde e de vulnerabilidade”, é ainda indicado.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil. Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito na quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na véspera (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a quarta-feira (+9,5%).

Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até ao final do dia 17 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.