Mais de 40 milhões de chineses estão isolados nas suas cidades, esta sexta-feira (24.01), depois da imposição de restrições de transporte em outras quatro localidades para evitar a propagação do coronavírus, que já matou 26 pessoas e contaminou outras 800 no gigante país asiático.
Ao todo, 13 prefeituras adotaram medidas de isolamento na região de Wuhan (centro), a metrópole de 11 milhões de habitantes, onde se detetou o vírus em dezembro.
O novo vírus, que causa pneumonias virais foi detetado na China no final de 2019. Além da China, foram já detetados casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Vietname, Japão e Estados Unidos.
O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu não declarar, para já, emergência de saúde pública global, receando que seja demasiado cedo.
A história da proliferação do vírus em imagens
Cidades em quarentena
As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto "mais crítico" no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas — Wuhan, a as vizinhas Huanggang e Ezhou.
Num esforço sem precedentes para tentar travar a propagação, cancelaram também as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.
Autoridades atentas
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde anunciou a ativação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para ‘moderado’ o risco de contágio na União Europeia, continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco.
Os primeiros casos do vírus “2019 – nCoV” apareceram em meados de dezembro na cidade chinesa de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral.
Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.
Ainda se desconhece a origem exata da infeção, mas terão sido animais infetados, que são comercializados vivos, a transmiti-la aos seres humanos.
O que são coronavírus?
Os coronavírus são uma larga família de vírus que vivem noutros animais (por exemplo, aves, morcegos, pequenos mamíferos) e que no ser humano normalmente causam doenças respiratórias, desde uma comum constipação até a casos mais graves, como pneumonias.
Os coronavírus podem transmitir-se entre animais e pessoas. A maioria das estirpes de coronavírus circulam entre animais e não chegam sequer a infetar seres humanos. Aliás, até agora, apenas seis estirpes de coronavírus entre os milhares existentes é que passaram a barreira das espécies e atingiram pessoas.
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