Perante o atual cenário da pandemia, a Fiocruz divulgou uma edição especial do boletim extraordinário do Observatório Covid-19 frisando que “a análise chama atenção para os indicadores que apontam uma situação extremamente crítica em todo país”.

“Na visão dos pesquisadores que a realizam, trata-se do maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil”, frisou a organização.

De acordo com o levantamento, divulgado na noite de terça-feira, o sistema público de saúde brasileiro de 25 dos 27 estados do país registou taxas de ocupação das camas de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), voltadas para o tratamento de pacientes graves, iguais ou superiores a 80%, e em 15 regiões já superaram 90% de sua capacidade, situação “absolutamente crítica”.

Na terça-feira, o gigante sul-americano registou novo recorde diário de mortes (2.841), com o qual o número de mortes já ultrapassa 282 mil, enquanto os casos confirmados da doença ultrapassam 11,6 milhões.

“A fim de evitar que o número de casos e mortes se alastrem ainda mais pelo país, assim como diminuir as taxas de ocupação de leitos [camas], os pesquisadores defendem a adoção rigorosa de ações de prevenção e controlo, como o maior rigor nas medidas de restrição às atividades não essenciais”, disse o boletim da Fiocruz.

“Eles [investigadores] enfatizam também a necessidade de ampliação das medidas de distanciamento físico e social, o uso de máscaras em larga escala e a aceleração da vacinação”, acrescentou.

Segundo o Observatório, em 19 capitais, que são as de maior concentração de habitantes, as vagas para tratamento hospitalar de pacientes graves já ultrapassaram 90%.

A pandemia de covid-19 já matou 282.127 pessoas e infetou mais de 11,6 milhões no país, segundo dados do Ministério da Saúde brasileiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.671.720 mortos no mundo, resultantes de mais de 120,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.