Uma consultora portuguesa, fundada por três professores da Universidade do Porto, criou um algoritmo que prevê quais os próximos países a legalizar a canábis para uso medicinal ou recreativo. A notícia é avançada pelo jornal Público.

No realização do algoritmo foram consideradas 98 variáveis distintas que incluem o contexto religioso, político e económico dos países, bem como a liberdade de imprensa, o índice de desenvolvimento humano e a popularidade de debates na internet, escreve o diário.

10 benefícios científicos comprovados da canábis terapêutica
10 benefícios científicos comprovados da canábis terapêutica
Ver artigo

"Também entrevistámos especialistas na área para perceber se os resultados do algoritmo faziam sentido. Por exemplo, médicos especialistas em oncologia que usam opióides no tratamento dos pacientes", explicou ao referido jornal Pedro Amorim, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que ajudou a fundar a LTPlabs.

Este mês, o Governo do Luxemburgo falou em planos para se tornar o primeiro país na União Europeia a legalizar o uso recreativo da canábis. Este país estava no topo da lista do algoritmo, depois da Austrália e do Reino Unido.

Homem russo que quis tornar-se no "Popeye" pede para morrer por causa das dores
Homem russo que quis tornar-se no "Popeye" pede para morrer por causa das dores
Ver artigo

Portugal – que em junho deste ano aprovou no Parlamento o recurso a canábis para fins medicinais – surge em 13º lugar na lista.

Já a Suécia surge como o próximo país pronto a legalizar a substância para fins medicinais.

O projeto - cujo algoritmo levou um mês para estar concluído - nasceu na sequência de uma proposta de um cliente da empresa, na área da indústria farmacêutica, interessado em perceber o mercado global da canábis, que move dezenas de milhões de euros. Em Portugal, já há interessados em plantar canábis no Alqueva e noutras regiões do país.