Quem acompanhou o concurso "7 Maravilhas à Mesa", sabe que entre as cartas gastronómicas vencedoras, esteve a de Monção e, ai, com particular relevo um emblema local no que toca a comeres, o Cordeiro. Carne assada em forno de lenha, disposta sobre o alguidar de barro vermelho para pingar no arroz amarelo, onde entra açafrão e água de um cozido à portuguesa.
A 14 de outubro, no atelier “Faz e Come”, em Lara/Monção, o Chefe de cozinha Rui Ribeiro irá, entre as 15h00 e as 18h00, ministrar uma sessão de cozinha criativa inspirada no Cordeiro à Moda de Monção ou, como se diz localmente “Foda à Monção”. Um workshop
Não se empertigue o leitor de leitura mais sensível pois há justificativa para a brejeirice do termo. Já lá vamos.
Fiquemos, antes, a saber que no decorrer do workshop (inscrições aqui) inserido no projeto de turismo criativo “Monção nas Mãos”, Rui Ribeiro se propõe a recriar a tradição do Cordeiro, com um menu constituído por: “Croquetes de foda”, Costeletas de cordeiro com frutos de outono, Escabeche de cordeiro, Sopa seca.
No que toca à jocosa alusão ao prato e, de acordo com a autarquia monçanense, reza a história que “os habitantes do burgo, que não possuíam rebanhos, dirigiam-se às feiras para comprar o reixelo. E, como em todas as feiras, havia de tudo, bons e maus. A verdade é que os produtores de gado, quando o levavam para a feira queriam vendê-lo pelo melhor preço e, para que os reixelos parecessem gordos, punham-lhes sal na forragem, o que os obrigava a beber muita água.
“Na feira, apareciam com uma barriga cheia de água e pesados, parecendo realmente gordos. Os incautos que não sabiam da manha compravam aqueles autênticos ´sacos de água` e, quando se apercebiam do logro, exclamavam à boa maneira do Minho: `que foda!`”
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