A 15 de junho deste ano de 2018 a Seleção Portuguesa de Futebol estreia-se em campo no Mundial da modalidade que decorre na Rússia até 15 de julho. Uma jornada desportiva que não fugirá ao pratinho habitual servido nestas ocasiões. Doses generosas de conferências de imprensa, antes e após os jogos, as refregas em campo entre as equipas do mesmo Grupo (no caso português, um trio constituído por Espanha, Marrocos e Irão), as antecipações aos jogos e os comentários após os mesmos. E, naturalmente, a exultação de todos os que entregam nas mãos da Seleção, eventualmente será mais avisado dizer nos pés, o orgulho nacional.
Tudo isto traduzido por miúdos, significa uma entre várias coisas, que consumiremos doses maciças de televisão, outras tantas de internet, mais algumas de rádio, sem desmerecer na imprensa escrita. Ou seja, o Mundial de Futebol é sempre uma boa ocasião para exercermos o nosso omnivoríssimo apetite por informação desportiva, acompanhado por outra vontade de convivermos à mesa com uns bons petiscos, comíveis e bebíveis.
Por certo que em 1921 o aparato não seria este e, a 18 de dezembro, quando a nossa Seleção se estreou frente à Espanha, para perder por 2 a 1 (esperemos que não se repita a 15 de junho deste 2018), o jogo terá decorrido sem grande estrondo público.
É de crer que há quase cem anos os nossos antepassados não pudessem levar à mesa os petiscos que aqui sugerimos.
Uma seleção (a nossa) de sabor eclético e que junta no mesmo campo as duas tradições Ibéricas, a tão nossa de petiscar e a homóloga espanhola de Tapear.
A estreia de Portugal num Mundial da FIFA, em 1966, levou a Seleção das Quinas às meias-finais, onde viria ganhou pela anfitriã, e futura campeã, a Inglaterra. Portugal terminou o campeonato em 3.º lugar e Eusébio foi o melhor marcador do torneio, com nove golos.
Avancemos pois nisto da cronologia o ponteiro não reverte e caminha agora em 1925 para um outro embate com sabor latino. Portugal e a sua Seleção encontravam a primeira vitória em jogo contra a Itália. Um golo foi quanto nos bastou para erguer o troféu da vitória.
Sempre um bom pretexto, este o de comemorar, para juntar à mesa uma boa dose de marisco. E como este é produto que tem de ser mimado, mais vale ter à mão a cartilha do bom amigo do marisco. Neste caso os conselhos de dois mestres marisqueiros lisboetas.
Estava o nosso país fadado para as alturas, ou melhor, para os grandes palcos globais. Teríamos, contudo, de esperar mais de 40 anos, até 1966, para vermos Portugal a estrear-se, novinho em folha, num Mundial da FIFA. Isto para o fazer em grande. Em Inglaterra, a Seleção das Quinas chegava às meias-finais, onde perdeu com a equipa da casa. Não tínhamos um Cristiano Ronaldo, mas levávamos um trunfo de ouro, Eusébio. Marcaria nove golos no Mundial.
Não sabemos se Eusébio era apreciador de Mexilhão, nem arriscamos, aqui, a anedota do Tremoço (uma peça histórica), envolvendo este nosso herói nacional. Certo é, que a carta de recomendações do petisco `tuga` não dispensa o generoso mexilhão, tão versátil na preparação de pratos.
Por isso mesmo preparámos uma boa dose do dito marisco, esperando não termos de o mencionar no final do Campeonato. Ninguém quer olhar para o mapa das classificações para dizer “quem se lixa é o mexilhão”.
E como mexilhão rima com camarão e os dois, apesar de não promoverem a rima, casam bem com a palavra petisco, acrescentamos uma generosa pratada de camarões. São receitas muito simples, que prepara rapidamente. Um congénere de “manual do bom camarão para totós”.
Não se apoquentem os apaixonados apetites lusos pois não nos esquecemos da sardinha. Nem das receitas, nem de como preparar esta nossa amiga de arraiais, festivais e outras festas pejadas de comensais.
Ficam, assim, algumas receitas com a sardinha.
E um guia para as preparar a preceito sobre as brasas.Basta clicar na imagem.
Em brasa também ficaram os lusos adeptos de futebol quando em 1986 e em 2002 Portugal não passou da fase de grupos. Participações modestas face a 2006, edição que terminámos em 4º lugar depois de perder por 3-1 com a seleção anfitriã, a debulhadora Alemanha.
Um bom pretexto para brindar com uma das bebidas oficiais do verão, a sangria, essa eclética mistura de bebíveis e comestíveis em formato jarro, carregadinho de gelo.
Pois é, mas os miúdos também têm direito a assistir aos jogos, alinhando na petiscada. E como não podemos, nem queremos, ver-lhes a sede encostada a um copo de sangria, temos como alternativa esta rica seleção de limonadas. E, atenção, limonada não leva só limão, como aqui verá.
O que também queremos ver a partir de 15 de junho e esperemos, até 15 de julho deste 2018, é uma boa prestação nacional. Mais abonatória do que a de 2010, quando fomos eliminados nos oitavos de final pela Espanha por um 1–0, em 2014, ano em que não passámos, também, dos oitavos de final.
E como queremos assistir em grande, deixamos aqui uma seleção de bares, restaurantes, terraços, praças e locais afins onde poderá acompanhar os jogos deste Mundial. Basta clicar na imagem.
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