Gordon Ramsay há muito que deixou de ser “apenas” um chefe de cozinha de estatura internacional. O homem que acumula estrelas Michelin, mais precisamente 16, em restaurantes da Europa, à Ásia e Estados Unidos é, também, uma marca, responsável por uma fundação com o seu nome e um atleta empenhado.
Para o escocês, nascido em 1966, a carreira profissional de futebolista foi travada por uma lesão ainda na juventude. Contudo, a palavra revés já não entrava na época no dicionário de Ramsay que encontrou na cozinha a fórmula para o sucesso. Uma ascensão meteórica no mundo da gastronomia e êxito mediático que acelerou a par com o envolvimento de Gordon na atividade física e promoção de bons hábitos alimentares.
A 4 de junho, o contributo do cozinheiro britânico para uma alimentação nutricionalmente comprometida com a boa forma, chega aos escaparates nacionais sob a forma de livro, “Comida Fit” (Porto Editora). Uma obra fit no conteúdo, mas encorpada no número de receitas que nos traz, mais de cem, em perto de 300 páginas.
Gordon Ramsay, fiel discípulo de “monstros” da cozinha como o irrascível Marco Pierre White ou o génio Joël Robuchon, falecido em 2018, desafia os leitores a uma maratona por capítulos organizados em três grandes abordagens: “Saudável”, “Leve” e “Fit”. Sob estas linhas-mestres para a obra, apresenta-nos receitas arrumadas entre outros temas, em pequenos-almoços nutritivos, almoços e saladas nutricionais, snacks saudáveis e guloseimas não muito doces, jantares e acompanhamentos leves, refeições revigorantes ricas em proteínas para a noite seguinte.
De resto, a seleção de receitas apresentada por Ramsay cobre um espetro largo. Alguns exemplos? Pudim tropical de sementes de chia, Bife de atum com salada de manga e pepino, pêssegos grelhados com crumble de granola, Sanduíche de “maionese” de ovo com espinafres, Frango assado com feijão-manteiga, alho-francês e espinafres, Sorvete de maçã com especiarias, Tacos de peixe com especiarias, Rolinhos de figo, Batido de chocolate negro.
Receitas que o atleta Gordon, com provas dadas em competições “Iron Man” e ultramaratonas, prepara em casa, nos seus restaurantes e nos momentos em que se prepara para a prática do desporto.
Em “Comida Fit”, o chefe de cozinha deixa-nos notas de como combinar receitas das diferentes secções da obra para ajudar a cumprir os objetivos pessoais de cada um, seja o controlo de peso ou a recuperação muscular após um treino longo.
Ainda jovem, Gordon Ramsay investiu num curso de gestão hoteleira. O talento natural para a arte da culinária levou-o a aprender com os mais influentes chefes mundiais, como Albert Roux e Marco Pierre White, em Inglaterra, e Guy Savoy e Joël Robuchon, em França.
Em 1993, tornou-se chefe do Aubergine, em Londres, restaurante que depressa conquistou 2 estrelas Michelin. Em 1998, com 31 anos, abriu um restaurante próprio, dando-lhe o seu nome.
Em 2006, foi condecorado com a Order of the British Empire, atribuída pela Rainha Isabel II, pelo serviço prestado à indústria culinária.
Gordon Ramsay é protagonista de vários programas televisivos, entre eles alguns reality shows de sucesso mundial. .
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