Têm uma paixão pelo vinho e pelo que é genuinamente português e estão na origem do novo grupo empresarial ligado aos vinhos e ao enoturismo que acaba de surgir no norte do país. Três empresários nacionais, Paulo Pereira e o casal Maria do Céu Lopes e Álvaro Lopes, adquiriram a Caminhos Cruzados, produtora de vinhos beirã sediada em Nelas, dando origem ao Grupo Terras e Terroir, que agora passa também a integrar a Quinta da Pacheca em Lamego e a Quinta de São José do Barrilário em Armamar.
Depois de terem adquirido a Quinta da Pacheca em 2012 e a Quinta de São José do Barrilário em 2017, os três investidores, com negócios comuns em Portugal e em França desde 1999, não tiveram medo de investir em tempo de pandemia. "Temos uma real paixão por produtos de origem portuguesa e por tudo aquilo que é mais genuíno no nosso país e uma dessas coisas é o vinho, secularmente ligado à nossa história e às nossas raízes", justificam os empresários lusos em comunicado de imprensa comum.
"Pretendemos, futuramente, criar sinergias entre as empresas do grupo, bem como estender o nosso know-how económico e técnico a outras regiões do país, também elas afamadas pela qualidade dos seus vinhos e do seus terroirs", informam os investidores, que preferem não revelar, no entanto, o valor envolvido na aquisição da empresa familiar da Quinta da Teixuga, em Vilar Seco, até aqui dirigida por Lígia Santos, empreendedora que, em 2012, trocou Lisboa por Nelas e as leis da advocacia pelo negócio do vinho.
"Com uma rede de distribuição bem montada e consolidada, quer a nível nacional quer no mercado externo, entendemos que podemos oferecer à Caminhos Cruzados um modelo de gestão mais profissional, alguma folga financeira e um projeto integrado que vai fazer cimentar a posição das marcas no mercado. Sendo um negócio apetecível, representa também um desafio, já que queremos que continuem negócios familiares, com identidade própria, história, tradição, cultura e valores", referem os empresários.
"Grande parte da atual equipa da Caminhos Cruzados, cerca de 15 pessoas no total, irá manter-se, pelo que a transição dar-se-à de forma fácil e sem constrangimentos de maior", acreditam. "Temos uma história empresarial de partilha, de criar verdadeiras equipas e cedo percebemos que isso ia ser possível, onde para lá da competência das pessoas e do ambiente familiar há uma grande vontade de criar projetos inovadores, capazes de serem uma referência nas suas regiões", acrescentam ainda os investidores.
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