Pureza Fleming, editora de moda, defende a manutenção do estilo minimal. «O menos deixou de ser mais, passando a ser assumidamente menos. É, no fundo, aquilo que é preciso e aquilo que basta», afirma. Dá o exemplo da designer de moda Mara Hoffman que, conhecida pelos seus padrões eletrizantes, «mergulhou, na elaboração da sua coleção de verão, no maravilhoso mundo do branco». «Materias, silhuetas, o meu trabalho vai muito além de padrões néon alucinante», cita-a.
Esta é a afirmação que a designer terá feito ao site Style.com, terminando a entrevista com as palavras «Be light». A editora da Saber Viver faz suas estas palavras. «Leveza, pureza, tons suaves e nada de muito excitante é o que espero ver entre as propostas da moda nacional», desabafa. Antes da apresentação das novas coleções para a estação, Pureza Fleming estava ansiosa pelas propostas de Ricardo Preto. «Sempre simpatizei com a sua estética. Primeiro porque prima, independentemente da tendência que vai abordar, pelo bom gosto», justifica.
«Segundo porque as suas coleções são sempre diferentes e inesperadas. Cada desfile é uma nova surpresa. Na estação passada, vibrei com o mix entre o sporty e o casual chique. Apaixonei-me vezes sem conta. Dos bomber jacket com pelo no capuz, aos looks muito normcore, compostos por blazer e calças de fato pelos tornozelos, a roçar as cullote», recorda. A sua predileção por modelos de rostos expressivos, que transmitam emoções, sejam elas quais forem leva-a a apontar Anna Gonçalves como «a modelo» que dará cartas na próxima estação.
Serenidade e ambição
Serenidade foi a palavra passe para conquistá-la. «A primeira vez que a vi desfilar tive a certeza que iria fotografar com ela. Dito e feito. É impossível que a sua beleza natural passe despercebida. Tem um rosto que parece ter sido desenhado, um ar doce e angelical que se transforma consoante as câmaras. A cereja no topo do bolo? A sua simpatia contagiante», considera. A perfeição, para a assistente de moda Mafalda Alves, passaria por transportar para a moda nacional o universo da feminilidade e frescura do desfi le de Oscar de la Renta fosse transportado para a moda nacional.
«Apesar da riqueza dos materiais esta é uma colecção jovem e leve que tem tudo o que é apetecível para a estação mais quente. Crop tops combinados com saias (de que eu sou fã) mantêm-se em materiais ricos e estruturados. Rosa pálido, azul bebé e branco são as cores em destaque. E a grande novidade é o padrão vichy em casacos, saias ou tops», elege. Tendência que, nas suas palavras, promete não passar despercebida no próximo verão. Filipe Faísca é a grande escolha de Mafalda Alves no que toca a desfiles.
«Porque o melhor fica para o fim, e porque Filipe Faísca nunca desilude, este foi o desfile que encerrou a última edição da Moda Lisboa. É sempre com grande expectativa que aguardo pela coleção do designer, que prima pela irreverência. Adorei a forma como abordou materiais como a seda ou o neoprene, dando forma a uma multiplicidade de silhuetas pouco (ou nada) convencionais. Os padrões urbanos e de paisagens, bem coloridos, foram outro dos pontos», elogia.
No que se refere a modelos nacionais, Jani gabriel é a favorita da assistente de moda da Saber Viver. «Com a raça que lhe é característica e o corpo curvilíneo, faz qualquer coordenado parecer deslumbrante. Gosto da forma descontraída como desfila e da personalidade que confere a cada look. O seu sorriso espontâneo não deixa ninguém indiferente. Já a fotografámos para a capa e o resultado foi, simplesmente, espectacular», recorda a assistente de moda da revista.
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