Quis o destino que em matéria de
pelos, apesar de ser loirinha e de ter
uma pele clara, saísse ao pai, como
se costuma dizer. Não é uma confissão
agradável de se fazer mas é a verdade e a verdade
nestas coisas tem de ser dita!


Durante anos, fui fiel
à minha esteticista e até ela, a meio das sessões
de depilação, me aconselhava a tentar um método
diferente e mais duradouro para me poupar ao
sofrimento.

Adiei as sessões de depilação definitiva,
por comodismo ou receio, até ao dia em que ouvi
falar da existência de máquinas de depilação baseadas
na técnica de luz pulsada intensa (ipl) para usar em
casa. Era a minha chance. Tinha de experimentar e, de seguida, relato-lhe como correu a experiência!

Antes de começar

A decisão estava tomada. Depois de contactar
duas marcas e de revelar
interesse em dar o meu testemunho acerca da
utilização das suas máquinas, percebi que não
havia volta a dar... No dia em que as recebi, li as
instruções, respirei fundo e pus mãos à obra.
A primeira coisa a fazer era passar uma lâmina
nas zonas a depilar. Confesso que já não usava
uma gilete desde os meus 15 anos e que não
era uma ideia que me agradasse, mas tinha de ser.


Comecei por anotar na agenda o dia em que usei
as máquinas pela primeira vez, para poder controlar
os intervalos entre depilações. O aconselhável
é aguardar duas semanas em zonas como
a linha do biquíni e axilas e cerca de um mês nas
pernas, uma vez que é aí que os pelos são mais fracos.
Fiz também uma tabela para depois poder comparar resultados posteriormente.

A dor que se sente

Depois de ligar a máquina, basta regular a intensidade, que deve ajustar-se ao tipo de pele e à tolerância à dor. Não tenho muita, confesso. Portanto doeu-me com ambas. De seguida, é só começar
a disparar nas zonas que se quer depilar. É preciso ter em
conta que não é conveniente passar o manípulo insistentemente
na mesma área, para evitar queimaduras ou irritação. Como orientação, lembre-se que o processo deve durar cerca
de dois minutos por axila e 15 por meia perna.

Como só
fiz axilas e meia perna, as minhas sessões demoraram cerca de 35 minutos, o equivalente a entre 100 a 150 disparos, o que me roubou muito
pouco tempo. Este aspeto é positivo. Depois da primeira utilização, foi engraçado
ver, passados alguns dias, que alguns pelos começavam
a cair ao esfregar as zonas depiladas com a toalha depois
do banho. Os resultados estavam à vista e eu não podia estar mais satisfeita!

Vale a pena?

Se for disciplinada
e constante no
tratamento, as
máquinas garantem
resultados, uma vez que os pelos crescem
mais devagar e mais
finos, o que lhe vai
permitir espaçar
as depilações.
Mas se estava a
pensar comprar um
destes aparelhos a
meias com amigas,
desista da ideia,
uma vez que são de
utilização pessoal
e têm um tempo de
vida útil limitado.


Pessoalmente, e
apesar de ter notado
resultados (houve
zonas nas minhas
pernas que ficaram
literalmente sem
pelos), as saudades
da minha esteticista, que para além de
ser uma amiga, é
minuciosa e faz o trabalho por mim, fizeram-me voltar às sessões de depilação
em gabinete com
menos frequência. Em tempos de crise e austeridade, este facto acaba por revelar-se uma mais-valia.

Como funciona a IPL - Luz Pulsada Intensa

A Luz Pulsada
Intensa (IPL)
aquece o pelo
e o folículo piloso
que se encontra
por baixo da
pele, mediante
impulsos suaves
de luz que
é absorvida
pela melanina
do pelo. Esta
energia luminosa
estimula
o folículo
de maneira
a torná-lo inativo.
Resultado? Nos
dias seguintes,
os pelos caem
naturalmente,
deixando a pele
limpa, suave e delicada ao toque, como nós gostamos.

Texto: Madalena Alçada Batista