A ideia de que a depilação “absorve” os pelos é um mito ainda bastante enraizado, mas sem qualquer base científica. Nenhum método depilatório – seja cera, lâmina, laser ou cremes – tem a capacidade de fazer com que os pêlos sejam absorvidos pela pele ou desapareçam dentro do corpo. Estes métodos apenas removem a parte visível do pêlo, quer à superfície da pele, quer desde a raiz. A origem desta crença pode estar em alterações na textura ou espessura dos pelos quando voltam a crescer, o que pode dar a falsa sensação de que desapareceram.

Aquilo que, por vezes, pode ser confundido com “absorção” é, na verdade, o encravamento dos pelos – uma situação em que o pêlo começa a crescer, mas não consegue romper a camada superficial da pele. Este fenómeno é comum após a depilação, especialmente em zonas de maior atrito ou onde os pelos são mais encaracolados. Nestes casos, é frequente surgir inflamação ou pequenos nódulos. A esfoliação suave e a hidratação regular da pele são medidas simples mas eficazes para prevenir o encravamento.

Nos métodos mais duradouros, como a depilação a laser ou com luz pulsada, o que acontece é a redução progressiva do crescimento do pêlo, através da acção directa sobre o folículo. Ainda assim, os pelos não são absorvidos – são enfraquecidos e, eventualmente, deixam de crescer.

O que utilizamos neste momento na Personal Derma é uma tecnologia combinada de vários lasers ou comprimentos de onda, numa mesma máquina que disparam simultaneamente uma energia mais baixa individualmente, mas que assim atingem o pêlo a diversos níveis, sendo mais eficaz e muito menos doloroso. Esta abordagem permite tratar diferentes profundidades e tipos de pêlo na mesma sessão, garantindo maior segurança, conforto e resultados mais rápidos.

Compreender o funcionamento de cada técnica e os cuidados associados é essencial para escolhas mais informadas e uma depilação mais saudável.

Um artigo do médico dermatologista Luís Uva, diretor da Personal Derma.