
Com a tecnologia hoje disponível na área médica é realmente possível diminuir a flacidez sem o recurso ao canivete. Falamos de tratamentos em que é utilizada Energia de Radiofrequência através dos tecidos para aumentar a produção de colagénio e fazer a contração dos tecidos.
Na prática, equipamentos médicos sofisticados emitem alta energia para elevar a temperatura das camadas internas da pele de forma a provocar densificação da pele e diminuição da gordura localizada. São portanto utilizados na face para diminuir a flacidez em redor da boca, para melhorar as rugas à volta dos olhos, para elevar a cauda das sobrancelhas e para apagar as rugas frontais.
Também são utilizados a nível corporal para “derreter” pequenos focos de gordura no abdomen (pós parto, por exemplo), no pescoço (o duplo queixo), ao redor dos joelhos ou simplesmente para eliminar a flacidez nos braços e à volta do umbigo.
Os tratamentos de radiofrequência são de fácil execução, não usam agulhas, não causam dor se respeitados os parâmetros da máquina, podem ser realizados em todos os tipos de pele, mesmo as mais pigmentadas, durante todo o ano.
Consistem no aquecimento localizado da área de pele a tratar por uma peça de mão (um aplicador), sendo necessário para a passagem perfeita da energia a aplicação prévia de um gel ou de um óleo no local a tratar. Cada sessão demora em média 20 minutos para áreas pequenas e 60 minutos para áreas grandes como a face.
Um tratamento completo necessita em média de 6 sessões espaçadas de 1 a 2 semanas consoante os equipamentos. Pode realizar a sua vida pessoal e profisional durante todas as sessões e mesmo imediatamente após cada uma. Os resultados são duradouros mas, uma vez que o envelhecimento não pára, é recomendável fazer manutenção (1 sessão por mês).
Mas atenção: os tratamentos de radiofrequência não são todos iguais. Tal como um carro de 60 cavalos não é igual a um carro de 250 cavalos (e ambos são carros!), os equipamentos de radiofrequência têm potências muito diferentes e eficácias muito diferentes. É vital um bom equipamento médico de radiofrequência, uma escolha precisa dos parâmetros da máquina adaptados à situação clínica e, claro, uma boa técnica de execução.
Por Leonor Girão, Médica Especialista em Dermatologia na Clínica Dermatologia do Areeiro
Comentários