É uma daquelas pessoas que evita olhar o mundo de sorriso aberto por achar que os seus dentes não são tão brancos como gostaria? Já alguma vez pensou em fazer um branqueamento dentário?

Falámos com Edson Ávila, médico dentista especialista em branqueamentos dentários da clínica médica CM2C, que lhe dá todos os argumentos para dar um passo em frente.

Ter uns dentes imaculadamente brancos é o sonho de qualquer pessoa. No entanto, nem sempre é fácil exibir a dentição perfeita das estrelas de Hollywood ou das manequins que aparecem nas revistas. A boa notícia é que existem soluções acessíveis que lhe possibilitam ter um sorriso de que se orgulhe. O branqueamento é um tratamento médico dentário seguro, desde que realizado por um profissional habilitado, e pode devolver-lhe ou dar-lhe o sorriso que ambiciona.

«O tratamento de branqueamento faz com que haja uma maior evidência dos dentes e destaca os sorrisos bonitos», revela Edson Ávila, médico dentista. «A prioridade é ter os dentes bem tratados e bonitos. Até porque se houver imperfeições, o branqueamento destaca-as», acrescenta o especialista.

Consulta prévia

Antes de se preocupar com a tonalidade dos dentes, o médico dentista tem de examinar a sua boca. Muitas pessoas têm os dentes claros, mas têm à superfície uma grande concentração de pigmentos, que os tornam escuros e manchados. Nestes casos, uma correta profilaxia (limpeza) pode alcançar os resultados esperados, sem ser preciso branquear. «No caso de existirem cáries e gengivites, o branqueamento deverá ser feito somente após o tratamento destas doenças», explica Edson Ávila. Por isso, é fundamental que procure um especialista que, antes de mais, lhe assegure que está em condições de avançar com o tratamento.

As pessoas que possuem restaurações extensas nos dentes anteriores ou coroas têm de ter atenção especial, já que o branqueamento é exclusivamente feito sobre a parte do dente natural e não atua sobre as restaurações nem sobre as coroas. «Nestes casos, muitas vezes, torna-se necessário a substituição destes tratamentos porque o resultado do branqueamento acentua a diferença de cores, dando mais destaque às diferenças», ressalva o especialista.

Há situações em que um dente, depois de desvitalizado, ou que tenha sofrido um trauma (queda), fica mais escuro que os outros. Nestes casos, é feito um branqueamento interno sem danificar a estrutura do dente, aplicando no seu interior um medicamento à base de peróxido de hidrogénio a 35% com ativação de uma fonte tipo laser que irá penetrar na dentina e clarear o dente.

O número de consultas varia de acordo com a resposta ao tratamento, mas, em média, são necessárias três aplicações. O resultado final, na maioria das vezes, permite obter um resultado de cor semelhante à dos dentes vizinhos. Há situações, porém, em que é impossível alcançar o tom da cor desejada e, caso continue a haver comprometimento da estética, poder-se-á optar por fazer uma faceta ou coroa em cerâmica.

O branqueamento errado

Hoje em dia há uma «banalização do branqueamento dentário», reconhece Edson Ávila. Apesar deste facto tornar o «tratamento acessível a mais pessoas», conforme explica o especialista, também representa «um risco maior porque, em situações que não sejam as indicadas e quando realizadas por profissionais que não médicos dentistas, podem eventualmente ser utilizados produtos que não sejam cientificamente aprovados e que poderão provocar danos para a saúde das pessoas» alerta o médico dentista.

Há técnicas que utilizam um gel ácido antes do gel de branqueamento e que, se for aplicado em excesso, poderá trazer danos ao esmalte dos dentes. Só devem ser utilizados produtos cientificamente comprovados. Na internet, sobretudo, há publicidade de branqueamentos caseiros e de canetas de branqueamento. Edson Ávila não os recomenda. «Não aconselhamos por não haver evidências cientificamente comprovadas dos seus resultados, diz. «Muitas vezes o barato pode sair caro», alerta ainda.

Antes do branqueamento

Alguns dias antes de ser realizado o branqueamento, deve ser feita uma limpeza dos dentes, com a remoção do tártaro e dos pigmentos que ficam colados à placa bacteriana. Uma correta higiene dentária é fundamental, quer antes quer depois do tratamento. São de evitar, nesta fase, alimentos que contenham uma elevada concentração de pigmentos (café, vinho tinto, entre outros) e não se deve fumar.

No consultório

Fazer uma avaliação prévia com o propósito de identificar se a pigmentação é de origem somente externa ou interna, se foi provocada por medicamentos (tetraciclina), alimentação ou alguma má formação dos tecidos dentários, é fundamental para decidir a «técnica mais adequada» a cada pessoa. A forma mais eficaz de branquear os dentes é aquela realizada nos consultórios médicos dentários, onde é aplicado primeiro um gel de proteção gengival e, a seguir produtos à base de perborato de carbamida ou hidrogénio, que são ativados por uma fonte luminosa que pode ser de led ou laser.

Este tratamento está contraindicado a pessoas alérgicas a algum dos medicamentos que compõem o gel aplicado na superfície dos dentes. Outra possibilidade é realizar o tratamento em casa, recorrendo-se a uma moldeira para ser utilizada durante a noite. A moldeira e o gel devem ser adquiridos no consultório. A moldeira é preenchida com uma pequena quantidade de gel que atua durante as horas de sono. Neste caso, o tratamento pode durar algumas semanas até se conseguir obter o resultado esperado.

Resultados obtidos

Há tratamentos em que há necessidade de fazer apenas uma sessão de uma hora mas, em muitos casos, tem de se repetir o tratamento para alcançar o resultado desejado. O branqueamento tem resultados bastante positivos, embora variem de pessoa para pessoa. Normalmente, «o resultado do tratamento feito em consultório é visível logo após a sessão», garante o médico dentista.

Efeitos secundários

O aumento da sensibilidade dos dentes aos alimentos frios e ácidos é o principal efeito secundário do branqueamento. Pode durar até algumas semanas, dependendo do tipo de produto aplicado e de uma possível fragilidade do esmalte dos dentes ou exposição das raízes dos mesmos.

Duração do tratamento

A duração do efeito dentes brancos varia. Depende da higiene bucal e de fatores como hábitos alimentares, tabaco, consumo de bebidas com pigmentos como o vinho tinto, café, chá e muitos outros. Há situações em que os dentes mantêm o padrão de cor desejado durante muitos anos e há outras em que, anualmente, há necessidade de um reforço. A orientação do médico dentista é que vai determinar se há, ou não, necessidade de um novo tratamento.

Texto: Sandra Cardoso