Esta lista destina-se simplesmente a ser utilizada como orientação e proporciona algumas “pistas” sobre relações abusivas.
Não é destinada ao inventário negativo (julgar, rotular, criticar, humilhar, etc.) às pessoas, nem pretendo ser dogmático. Você também poderá identificar outras “pistas” que não constem nesta lista.
Esteja atenta/o e questione a relação onde:
1. Existe abuso de drogas e/ou álcool, jogo patológico, etc.
2. Existe um historial de problemas com a lei (ex. delinquência).
3. O/a parceiro não trabalha ou não vai à escola.
4. Existe abuso físico de crianças ou animais de estimação.
5. O/a parceira abusa dos irmãos e/ou de outros familiares.
6. O/a parceiro envolve-se em lutas violentas.
7. O/a parceiro humilha outras pessoas ou censura excessivamente utilizando termos depreciativos.
8. O/a parceira destrói coisas (bens e/ou propriedade)
9. O/a parceiro está sempre com raiva de algo ou alguém
10. Tenta isolar a/o parceiro/a de outras pessoas (ex. amigos/as) e quer controlar com quem o parceiro/a está, e ou os locais onde esteve.
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12. Mente ou tem outros parceiros/as (relações paralelas).
13. O/a parceiro é fisicamente “rude” (empurra, puxa, dar pontapés, etc.)
14. O/a parceira abusa do dinheiro do parceiro/a ou toma partido em outras situações em que o parceiro/a está em desvantagem.
15. O/a parceiro acusa o outro de se insinuar (ex. engate, flirt) com pessoas do sexo oposto.
16. O/a parceira faz acusações extremas de estar a ser enganado. Desconfiança e paranóia.
17. Não ouve activamente o parceiro/a ou não mostra interesse nas suas opiniões e sentimentos...as coisas são sempre feitas à sua maneira.
18. Ignora, adopta o “tratamento do silêncio”, interrompe as conversas constantemente.
19. Mente, não aparece aos encontros, desaparece por alguns dias.
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21. O/a parceiro faz comentários obscenos sobre outras pessoas na presença do parceiro/a.
22. Culpa o/a parceiro/a por todos os problemas.
23. Controla o que o parceiro/a veste ou faz
24. O/a parceira faz ameaças sobre o suicídio se o parceiro/a quiser desligar-se da relação.
25. O/a parceiro tem alterações extremas do humor; por ex., diz que o parceiro/a é a pessoa mais interessante e no minuto a seguir afirma que é estúpido/a, gordo/a, etc.
26. Compara o actual parceiro/a com outros/as parceiros/as do passado.
27. Injuria e condena outros parceiros/as.
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Outras pistas sobre relações abusivas. Esteja atento/a aos seus sentimentos:
Sentir inquieto/a de falar abertamente com o parceiro/a sobre qualquer assunto com medo de represálias.
Sentir sufocada/o e asfixiado/a na relação.
Sentir inseguro/a de tomar decisões ou de abordar certos assuntos com medo de o parceiro/a ficar com raiva e descontrolar-se.
Dizer a si mesma que precisa de se esforçar ainda mais e amar o/a parceiro/a para que as coisas resultem e /ou que hão-de melhorar com o tempo.
Dar por si a chorar, ser infeliz ou sentimentos depressivos (falta de energia, tristesa, perda do apetite, insónia, isolamento).
Dar por si a ficar obcecada/o ou preocupada/o sobre como agradar ao parceiro/a e manter esta postura / atitude durante um período indeterminado.
Dar por si a ser abusada/o fisicamente e emocionalmente e com o tempo a situação agravar-se cada vez mais.
Não permita que a situação se agrave e ou faça segredo do abuso.
Define limites e procure tomar decisões construtivas (se nada mudar na relação; nada muda mesmo).
Na minha opinião, em muitos casos só se pede ajuda quando a relação já se encontra disfuncional e o abuso já faz parte “normal” do dia-a-dia.
João Rodrigues
Técnico de aconselhamento de comportamentos aditivos.
Formação em Inglaterra (Farm Place e Broadway Lodge)
e nos EUA (Hazelden Foundation).
Consultas directas: Tmv 91 488 5546
Blogs:
http://prevencaodasdependencias.blogs.sapo.pt
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