Mais de meio milhar de pessoas já assinaram a petição lançada pelas associações de Estudantes da Escola Secundária de Camões, Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho e Escola Secundária da Ramada, todas a funcionar na zona de Lisboa.
Desde do passado dia 16 de março que cerca de dois milhões de crianças e jovens estão em casa e as aulas passaram a ser dadas à distância, como forma de conter a disseminação do novo coronavírus, que já infetou mais de 11 mil pessoas em Portugal.
Para os estudantes do ensino secundário, o ensino à distância levanta alguns problemas de equidade, até porque nem todos os alunos têm acesso à internet e a equipamentos para poderem acompanhar as aulas.
Por isso, os alunos lançaram uma petição dirigida ao primeiro-ministro e ao ministro da Educação, defendendo que “as notas do 3.º período devem ser as mesmas do 2.º período”.
Os peticionários lembram que esta é “uma prática comum, quando por alguma razão não há aulas durante um período ou parte dele”.
No caso dos exames nacionais, defendem que “devem ser suspensos uma vez que não estão asseguradas as condições mínimas aceitáveis para uma avaliação deste género, tranquilidade, estabilidade, bem como a universalidade de acesso ao conhecimento na fase final do ano letivo”.
Os peticionários consideram que estas medidas tentam minimizar o impacto da “instabilidade e insegurança provocada por toda a situação”.
Os alunos entendem que as soluções encontradas são as “mais justas e universais possíveis”.
“Para uma situação excecional, medidas excecionais”, lê-se no texto da petição que está disponível em https://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=PT98219.
O Ministério da Educação vai receber hoje o Conselho de Escolas, o Conselho Nacional de Educação, as duas associações de diretores escolares e representantes dos pais e encarregados de educação - a Confap e a CNIPE - para discutir como será o terceiro período de aulas numa época de contenção da disseminação do novo coronavírus.
A realização de provas de aferição e exames nacionais é um dos temas em discussão sobre o funcionamento das escolas, que estão encerradas desde o passado dia 16 de março e assim deverão permanecer enquanto se mantiver o atual estado de disseminação do novo coronavírus.
Em Portugal, segundo o balanço feito na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes e 11.730 casos de infeções da covid-19.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de março e até ao dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
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