É uma das reclamações mais comuns em mães com filhos mais crescidos: “Tenho saudade daquele cheiro bom do meu bebé”. Mas de onde vem esse perfume irresistível e particularmente forte no pescoço, no lóbulo da orelha e na curva da perna, atrás do joelho?

Os cientistas falam em duas explicações possíveis: para alguns, o cheiro provém do venix caseoso, substância esbranquiçada e pastosa que cobre o corpo do bebê até ao seu nascimento; para outros é produto das glândulas sebáceas da criança. Nesse caso, os pesquisadores acreditam ainda que a informação libertada pelo cheiro seja intencional e decisiva para o processo evolutivo – esse odor terá a função de garantir um forte vínculo emocional entre o bebé a mãe, sem o qual o bebé não sobreviveria. Estudiosos vão mais longe e garantem que foi determinante para a continuação da humanidade ao longo dos séculos.

Este cheiro aparece assim retratado como “um forte gatilho emocional, capaz de despertar sentimentos de afeto, proteção e atenção”, segundo um artigo do site areadamulher.com.

Um estudo internacional com investigadores alemães, norte-americanos e suecos mostrou que as mulheres, quando expostas ao cheiro de um bebé nascido há dois dias ou menos, têm uma reação cerebral similar àquela que é provocada pelo consumo de drogas ou ingestão de um alimento terrivelmente saboroso. Os cientistas garantem que o seu sistema de recompensa cerebral é imediatamente ativado, quer se tratem de mulheres com filhos ou não.