De 5 a 13 de maio, a Lisbon Arts and Antiques Fair (LAAF) volta a trazer arte e antiguidades para o histórico edifício da Cordoaria Nacional, em Lisboa. Organizada pela Associação Portuguesa dos Antiquários (APA), a 20.ª edição da LAAF conta com 32 expositores, entre associados e convidados, com uma oferta que se estende de antiquários, joalharia e design a galerias de arte moderna e contemporânea, nacionais e internacionais.

Do certame farão também parte as “Conversas sobre Arte”, cujo tema se centrará “num paralelismo entre o que eram os setores do antiquariato e da arte contemporânea há 30 anos e o que são agora”, refere Isabel Lopes da Silva, Presidente da Direção da APA, em comunicado. Para alem disto, a LAAF contará com uma prova de vinhos todos os dias, pelas 19:30, cortesia dos parceiros Quinta da Fata, localizada em Nelas, Viseu, Região Demarcada dos Vinhos do Dão. Os cocktails serão também criados com referências desta prestigiada quinta.

Numa altura em que o público deste setor, tanto nacional como internacional, se apresenta cada vez mais exigente e em busca de um elevado nível de qualidade, desde curadores, conservadores de museus, colecionadores a designers de interiores, arquitetos e admiradores de artes e antiguidades, a LAAF abre caminho para uma oferta cada vez mais diversificada e criteriosa.

Desde peças da Antiguidade Clássica, passando pelos períodos renascentistas, pelos séculos XVII e XVIII, até ao contemporâneo na pintura, escultura, mobiliário, pratas, joalharia e design, a LAAF assume-se com uma mostra de milhares de obras de arte e antiguidades de uma perspetiva plural de curadoria superior. 

Após uma colaboração de sucesso no ano passado, a Comissão Organizadora voltou a convidar a OITOEMPONTO para elaborar o projeto cenográfico do espaço, que se tornará um espelho do savoir faire do estúdio e do conhecimento aprofundado sobre feiras internacionais de renome. Esta abordagem garante, cada vez mais, um lado mais dinâmico e contemporâneo da LAAF a par de um posicionamento de parâmetros internacionais. A intervenção da OITOEMPONTO na Cordoaria Nacional é um dos twists de inovação e modernidade que marcam esta 20.ª edição da LAAF.

Garante de qualidade

Considerada a mais prestigiada Feira de Arte e Antiguidades em Portugal — sendo, neste momento, o único certame do setor no país — a LAAF apresenta-se como uma referência, tanto pela qualidade como pela autenticidade das peças. Todas as peças passam por uma criteriosa avaliação realizada por um comité de peritos especializados em diversas áreas que selecionam as obras com base “na qualidade, a principal característica do processo de seleção de quem participa ou não”, acrescenta Isabel. “No caso dos Associados da APA, a participação é votada em Assembleia Geral. Em relação às galerias convidadas, por exemplo, a decisão está nas mãos da Direção que pesa todos os fatores que tornam esse convidado um
bom candidato para fazer parte da Feira”, conclui.

A ideia é que quem visita a Feira tenha a oportunidade de apreciar o que está exposto, mas também de comprar — uma espécie de “museu” transversal que oferece a possibilidade de os visitantes levarem peças únicas, de valor histórico e cultural incalculável, para as suas casas.

Painel "Conversas Sobre Arte"

Dentro da programação dos nove dias da LAAF, para além de visitas guiadas, exposições temáticas, concertos, lançamentos de livros e revistas e outros acontecimentos, os visitantes poderão contar com mais uma edição das “Conversas sobre Arte”, um espaço de debate e de troca de ideias apresentados por especialistas que se debruçam sobre determinados temas de elevada importância para o setor.

Nesta edição, as Conversas Sobre Arte abrem caminho para discussões e momentos de reflexão sobre os 30 anos que separam o início da APA e os dias de hoje, “APA: Uma Memória do Futuro, 1990-2023”, bem como questões relacionadas com o antiquariato e arte contemporânea em Portugal, com moderação de Maria João Seixas.

Estas terão lugar de 8 a 12 de maio, das 18:30 às 20:00, e contam com alguns nomes relevantes do panorama cultural, artístico e do antiquariato, tais como o Alberto Caetano (arquiteto), Alexandre Melo (professor e crítico de arte), Catarina Portas (jornalista e empresária), Cristina Guerra (galerista), Delfim Sardo (professor e crítico de arte), João Botelho (realizador), Manuel Murteira (Presidente da APA de 1995 a 1999, de 2003 a 2004 e de 2009 a 2012), Tomás Branquinho da Fonseca (antiquário) e Vasco Santos (psicanalista e editor), entre outros.