Foi despedido da Christian Dior, para onde foi trabalhar com apenas 17 anos, depois de lançar uma coleção com as insígnias da marca que, por romper com os cânones da moda da altura, foi mal recebida pelo público e pela crítica.
Nada que abalasse Yves Saint Laurent, que lançaria pouco depois, a 29 de janeiro de 1962, a sua primeira coleção em nome próprio, num um memorável desfile.
Apontado como o criador que mais se esforçou por inteletualizar a moda feminina, erotizar a masculina e diluir a fronteira entre os dois géneros, foi o génio que a atriz francesa Catherine Deneuve nunca se cansou de elogiar, desde que lhe criou os figurinos de «Belle de jour», o filme que Luis Buñuel realizou em 1967.
Algumas dessas peças podem agora ser vistas, até 8 de janeiro de 2011, na Fundación Mapfre, em Madrid. Distribuídos por três andares estão originais das coleções que foi lançando ao longo dos seus 40 anos de carreira. São mais de 150 modelos, incluindo vestidos usados por celebridades como a princesa Grace Kelly do Mónaco, Paloma Picasso, Naomi Campbell ou ainda Loulou de la Falaise e criações inspiradas em Marilyn Monroe, Wagner, Van Gogh ou Mondrian.
Além de cerca de 80 esboços com as respetivas provas de cor e de tecidos, os visitantes podem ver ainda de perto os moldes utilizados pelos costureiros do criador para confecionar as suas roupas, contemplar o seu escritório numa recriação em tamanho real, rever o seu último desfile e descobrir a inédita sessão de fotografias que um tímido Yves Saint Laurent protagonizou nu, fotografado por Jeanloup Sieff, para promover o primeiro perfume masculino com o seu nome. A entrada é grátis.
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