Marta Pinto, investigadora da Escola Superior de Biotecnologia da Católica Porto, é a grande vencedora do prémio Terre de Femmes, atribuído pela Fundação Yves Rocher.
«Futuro - Projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto» venceu o concurso que tem como objetivo premiar mulheres que agem a favor do ambiente.
«Acima de tudo é um reconhecimento à cidadania metropolitana, pois não existiria projeto se as entidades locais e cidadãos não estivessem profundamente envolvidos», reagiu a vencedora do prémio, que distinguiu o projeto que desenvolveu para criar florestas urbanas com árvores nativas nos municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP). A iniciativa, que arrancou em 2011 e se prolonga até 2015, assume-se como um esforço conjunto de várias organizações e cidadãos unidos no sentido de potenciar uma melhoria da qualidade de vida dos habitantes da AMP.
O projeto pretende que os 16 municípios que compõem esta área sejam matizados com manchas de floresta nativa urbana, plantadas pelas pessoas e para as pessoas. Carvalhos, sobreiros, loureiros e pinheiros-mansos são apenas algumas das espécies que estão já a ser plantadas, com vista a contribuir para a criação e proteção de bosques metropolitanos. Para cumprir esse objetivo, foram já plantadas mais de 17.000 árvores nos municípios da AMP, num processo que envolveu 2.950 voluntários, num total de 9.000 horas de voluntariado.
A AMP tem menos de seis por cento de área nativa e o maior número de incêndios do país, o que reforça a importância do projeto. O raio de atuação do processo passa igualmente pela formação, nomeadamente pela criação de um programa de cidadania ativa, que contribui para desenvolver condições para a participação pública na melhoria do meio ambiente. Bióloga de profissão, Marta Pinto encontra-se ligada desde 2003 a diversos projetos nas áreas da cidadania e desenvolvimento sustentável desenvolvidos na Católica Porto.
7 de fevereiro de 2013
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