O envelhecimento da população portuguesa, fruto de vários progressos, a melhoria da qualidade de vida e a diminuição da natalidade resultou na redução acentuada da população ativa. Contudo, e apesar do aumento da idade da reforma, parece ter aumentado também a preocupação com este período de vida.

Segundo dados do Observador Cetelem Literacia Financeira, divulgado hoje, apenas 13% dos inquiridos manifestavam tomar medidas para acautelar a reforma em 2016, valor que sobe 6 pontos percentuais no ano seguinte e que em 2018 atinge os 27%.

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As opções mais recorrentes

As contas a prazo continuam a ser a medida preventiva de eleição, com 12% das escolhas, um valor muito semelhante ao de 2017 (11%). Também os Planos de Poupança Reforma (PPR) são mencionados por 7% dos inquiridos, um aumento de 5% face ao ano passado.

"Mesmo com o aumento das despesas mensais fixas no orçamento familiar, os portugueses revelam uma diminuição na dificuldade de pagar os seus compromissos, até quando inesperados. Ao sentirem-se mais confortáveis na gestão do seu orçamento, encontram uma maior possibilidade de poupar, seja ao nível geral, seja para uma finalidade específica, como é o caso da reforma", comenta Leonor Santos, responsável da Cetelem.

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Apesar do aumento da percentagem de portugueses que prepara a reforma, a grande maioria refere nada fazer neste sentido. Esta percentagem recuou de 78% em 2017, para cerca de 70% em 2018.

O Observador Cetelem Literacia Financeira 2018 tem por base uma amostra representativa de 500 indivíduos residentes em Portugal Continental, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.

A amostra total (500) é representativa da população e está estratificada por distrito, sexo, idade e níveis socioeconómicos e conta com um erro máximo associado de +/- 4.4 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.