A rapidez na construção e implantação da energia solar, especialmente em telhados, oferece uma das soluções mais céleres para reduzir a procura de gás, juntamente com o bom isolamento das casas, uma vez que reduz a procura global de energia, de acordo com a análise da consultora britânica.

Esta seria uma solução para os atuais problemas energéticos devido aos preços mais elevados e voláteis do gás, considera a ECIU, que analisa a crise energética e a transição para economias com baixas emissões de carbono.

O estudo sublinha que o custo dos painéis solares se situa nas 54 libras (62 euros) por MWh (megawatt/hora), em comparação com as 85 libras (97 euros) por MWh em 2025 para o preço do gás, custo previsto antes da atual crise.

A análise também observa que os painéis solares combinados com armazenamento de baterias passarão a custar 66 libras (76 euros) por MWh em apenas quatro anos.

Estas baterias permitirão a uma central de energia solar fornecer eletricidade mesmo depois de escurecer.

Segundo o analista da ECIU Gareth Redmond-King, a guerra do Presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia, "impulsionou os esforços da Europa para se desabituar do gás russo e levou a geração solar, em alguns países, a níveis recorde".

Os mercados estão a estimular este crescimento e os consumidores podem ser "os grandes vencedores", referiu Gareth Redmond-King.

De acordo com o estudo, a bateria solar é mais barata do que o gás e os custos vão diminuir drasticamente nos próximos anos.

Outro analista da ECIU, Matt Williams, frisa que o Governo parece estar "a recuar nas restrições às explorações solares de grande escala", o que é "uma boa notícia" para os consumidores, uma vez que ajudará a reduzir o valor das faturas.

"As energias renováveis, como a solar, também podem ajudar os agricultores em dificuldades, que têm sido afetados tanto pelos elevados custos energéticos como pelos preços mais elevados dos fertilizantes, já que as energias renováveis nas explorações agrícolas têm um enorme potencial para reduzir as contas", diz o analista da consultora britânica.