De acordo com o inquérito que envolveu consumidores de Portugal, França, Hungria e Espanha, 90% dos consumidores são sensíveis ao consumo sustentável (85% em Portugal), sendo mais significativo para 60% das mulheres.

Contudo, estão pessimistas quanto à capacidade das empresas de irem ao encontro das suas expectativas.

Segundo o estudo, “metade dos inquiridos não acredita nas promessas das marcas no que diz respeito à sustentabilidade” e mais de 90% “querem que as empresas se comprometam e que os ajudem a melhorar, através da disponibilização de produtos e práticas mais sustentáveis e responsáveis”, sendo esta taxa nos portugueses de 96%.

A racionalização do consumo é considerada inevitável pelos consumidores, caso de 74% dos portugueses.

O estudo considera, assim, que as empresas devem responder às expectativas e aspirações dos consumidores dado que “mais de 80% dos inquiridos querem consumir mais produtos orgânicos, limitar o efeito poluente das atividades de lazer e estão dispostos a pagar mais por um produto se este tiver uma origem responsável", assim como querem modos alternativos de transporte.

Os consumidores também querem comprar cada vez mais coisas em segunda mão e, embora o preço continue a ser um critério incontornável, há novos critérios a definir uma compra, sendo que em Portugal é muito valorizado o critério impacto na saúde na escolha de um produto.

A mudança de hábitos vê-se também no setor bancário, onde os consumidores inquiridos exigem aconselhamento gratuito na otimização do seu orçamento na hora de escolherem um banco e querem que nesse serviço o banco use métodos que meçam a pegada ambiental das compras.

Ainda cerca de 75% dos inquiridos dizem que estão recetivos a escolher o banco em função das suas práticas sustentáveis, como empréstimos com juros baixos para compras sustentáveis.

Há mesmo 55% dos portugueses que dizem que estão dispostos a pagar entre 5% a 10% a mais para apoiar as ações dos seus bancos.

Este estudo foi feito pelo Oney Bank, que trabalha com serviços financeiro como cartões de crédito, crédito pessoal e em parcerias com marcas como Norauto ou Auchan. Tem cerca de 400 trabalhadores em Portugal.

O estudo foi desenvolvido 'online' pela OpinionWay utilizando uma amostra representativa de 1.000 pessoas por cada país que participou entre 24 de agosto e 06 de setembro de 2019.