O voluntariado está longe de ser uma novidade para Maria Portugal. Trabalhou com a associação Ajuda de Berço, que apoia bebés e jovens mães, enquanto estudava na faculdade. Depois, vieram os filhos e dez anos de muito trabalho.
Há um ano e meio, ficou desempregada e voltou a dedicar-se ao voluntariado. Está ligada à Associação Portuguesa para a igualdade Parental e à Comunidade Vida e Paz.
Maria Portugal ajuda habitualmente pais em situação de alienação parental e pessoas sem-abrigo. Propôs à Câmara Municipal de Lisboa um projeto de hotel social, para dar resposta a famílias sem teto, mantendo-as unidas. Modera também quinzenalmente as sessões de um grupo de entreajuda de pais em situação de alienação parental.
Trabalha com pessoas que não conseguem ver, conviver ou manter uma relação com os filhos. Às sextas-feiras, percorre Lisboa e, a pretexto da entrega de roupa e um lanche, procura estabelecer contacto com pessoas sem-abrigo, para ajudá-las a encontrar alternativas à vida na rua.
Como gere o tempo
A mãe ou o ex-marido ficam com as crianças no dia das sessões em que Maria Portugal participa na Associação Portuguesa para a igualdade Parental, que nunca terminam antes das 23h. O que a faz continuar é, sobretudo, a vontade de auxiliar o próximo. Na Comunidade Vida e Paz, os voluntários recebem relatórios periódicos. «É muito gratificante saber que alguém tomou a decisão de sair à rua», reconhece.
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