Um fundo de emergência é uma conta separada da sua conta à ordem onde junta dinheiro com vista a ter o suficiente para, se necessário, conseguir fazer frente a uma situação urgente que implique pagar uma despesa inesperada.
O fundo de emergência é capaz de o salvar do stress financeiro sempre que aparece alguma despesa inesperada, como uma avaria no carro, reparações necessárias e urgentes em casa ou até um problema de saúde.
O ideal seria que conseguisse poupar 10% do seu rendimento todos os meses, mas qualquer poupança é uma boa poupança. Se tem essa possibilidade e gostaria de facilitar a tarefa de poupar, pode recorrer à poupança automática facilitada pelo seu banco, que fará a transferência da sua conta para a conta do seu fundo de emergência de forma automática todos os meses.
Veja também: Os 10 mandamentos para alcançar uma vida financeira feliz
Como montar um fundo de emergência?
O método de construção de um fundo de emergência não é nenhum mistério e bastam apenas duas coisas: poupar dinheiro e desviá-lo para esse fundo e - muito importante - não mexer nele a não ser que ocorra realmente uma situação em que se torna inevitável tirar dinheiro do fundo de emergência para conseguir fazer-lhe frente. Nesse rol de situações não se incluem compras de novos telemóveis só porque o seu avariou. Se não deu nem vendeu nenhum dos seus telemóveis antigos, possivelmente terá um em casa que poderá servir de substituição até que o seu seja reparado.
Para além dos dois pilares - poupar e não tocar - siga também estas dicas que o vão ajudar a construir um fundo de emergência poderoso e que poderá ser um enorme alívio mais tarde.
Conheça os seus hábitos financeiros
Nunca subestime a importância de conhecer os seus hábitos financeiros. Conhecê-los não significa saber apenas o saldo da sua conta bancária, mas sim saber em que gasta mais, onde poderia fazer cortes significativos em categorias em que gasta mais dinheiro desnecessariamente, etc. Um software como o Boonzi ajuda-o a ter uma visão completa da sua vida financeira. Só assim é possível saber onde pode poupar para juntar mais dinheiro por mês e aumentar a sua qualidade de vida.
Se conhece bem os seus hábitos financeiros, sabe a que correspondem todos os movimentos na sua conta bancária?
Faça orçamentos mensais (todos os meses)
O orçamento mensal é a sua melhor arma para se precaver para o futuro e também de planear quanto conseguirá poupar por mês. Um orçamento é a ferramenta que o ajuda a fazer face às despesas dos meses seguintes e a perceber onde está a gastar mais dinheiro, de forma a que possa então ajustar os seus gastos para poupar no final do mês.
Se nunca fez um orçamento de raíz, leia este artigo em que explicamos passo a passo como criar um orçamento mensal da forma mais simples possível.
Calcule o montante necessário para viver sem trabalhar
Com a ajuda do Boonzi e do levantamento de despesas que deve fazer habitualmente, calcule quanto dinheiro teria que ter disponível para cobrir entre três a seis meses de despesas sem trabalhar. Os peritos em finanças pessoais recomendam que o seu fundo de emergência consiga cobrir entre três a seis meses de despesas sem contar com um vencimento. Desta forma, terá uma folga financeira se algum dia enfrentar uma situação de desemprego e não tiver direito ao subsídio de desemprego ou este terminar antes de ter conseguido encontrar um novo emprego.
Solicite uma transferência automática para a poupança todos os meses
Converse com o seu gerente de conta e selecione uma quantia fixa mensal para ser transferida automaticamente da sua conta à ordem para a conta poupança. É uma forma mais fácil de poupar, uma vez que é automática e não opcional (a não ser que cancele este serviço no banco).
E se tiver dívidas e não conseguir poupar?
Se as dívidas são uma realidade na sua vida, trate-a como se fosse uma doença e encontre a melhor forma de tratá-la. Não deixe o problema sem diagnóstico e investigue várias estratégias para o ajudarem a acabar com as dívidas ou a reestruturá-las. Serviços como o Crédito Consolidado podem oferecer alívio no que diz respeito aos encargos mensais com créditos (pode baixá-los até 60%). A renegociação de créditos será mais indicada para quem já se encontra numa situação de endividamento.
Após tratar da “doença” terá então o caminho livre para a recuperação e para a construção do seu fundo de emergência cuja importância é vital.
Veja também: Como os hábitos de poupança podem mudar a sua vida
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