Parte da nossa sanidade metal advém da qualidade dos relacionamentos que possuímos e essa qualidade está, intrinsecamente, relacionada com os direitos. Representam os princípios que sustêm as nossas atitudes e comportamentos. Não somos o que falamos, somos o que fazemos. Se conhecermos os nossos direitos, iremos desenvolver um maior conhecimento e melhores competências de forma a preserva-los e a respeita-los, assim como iremos respeitar os direitos dos outros, que são semelhantes aos nossos, por ex. reciprocidade.
1. Tenho o Direito de fazer o luto da perda acerca daquilo que não tive mas que tinha direito a ter; e de aquilo que tive mas que não queria ter.
2. Tenho o Direito de seguir os meus próprios valores e princípios.
3. Tenho o Direito de dizer NÃO quando não me sinto preparado, porque não é seguro ou porque vai contra os meus próprios valores.
4. Tenho o Direito à dignidade e ao respeito.
5. Tenho o Direito de tomar decisões baseadas nos meus sentimentos, valores ou atitudes ou qualquer outra razão que encontre.
6. Tenho o Direito de definir e privilegiar as minhas próprias prioridades.
7. Tenho o Direito que os outros respeitem as minhas necessidades e vontades.
8. Tenho o Direito de terminar qualquer tipo de conversa com pessoas que não me valorizem ou me humilhem.
9. Tenho o Direito de não me sentir responsável pelo comportamentos, atitudes, acções; ou problemas das outras pessoas.
10. Tenho o Direito de cometer erros e de não ser perfeito.
11. Tenho o Direito que os outros sejam honestos comigo.
12. Tenho o Direito de sentir; todos os meus sentimentos.
13. Tenho o Direito de sentir raiva da/as pessoa/as que amo.
14. Tenho o Direito à minha singularidade, sem que me sinta mal “na minha própria pele.”
15. Tenho o Direito de me sentir assustado e de dizer “Eu estou assustado/a...”
Saiba mais na próxima página
16. Tenho o Direito de sentir medo, culpa, vergonha e depois entregar (soltar). 17. Tenho o Direito de mudar de ideias quando quiser.
18. Tenho o Direito de ser feliz.
19. Tenho o Direito ao meu próprio espaço e tempo.
20. Tenho o Direito de descontrair, de brincar e de ser superficial.
21. Tenho o Direito de mudar e crescer como ser humano.
22. Tenho o Direito de ter mente aberta de forma a desenvolver as minhas próprias habilidades, na comunicação, para que seja entendido pelos outros.
23. Tenho o Direito de fazer amigos e de estar confortável no meio das pessoas.
24. Tenho o Direito de não viver num ambiente abusivo.
25. Tenho o Direito de ser tão saudável quanto os outros.
26. Tenho o Direito de cuidar de mim; aconteça o que acontecer.
27. Tenho o Direito de fazer o luto das perdas presentes ou daquelas que ameacem acontecer.
28. Tenho o Direito de confiar naqueles que mereçam a minha confiança.
29. Tenho o Direito de dar e receber amor.
(Dr. Charles Witfield: Limites e Relações; Conhecimento; Protecção e Beneficios)
Acredito que a base da nossa sanidade mental e a qualidade de vida reside nos atributos das relações interpessoais. Necessitamos de pessoas à nossa volta que nos alegrem, nos surpreendam, nos chateiem, nos apaixonem, nos desiludam como forma de nos mantermos “vivos”, activos e resilientes. Criamos sinergias, constituímos afectos e laços intensos como forma de nos sentir-mos seguros e protegidos. Fazemos parte de algo superior a nós mesmos, algo grandioso e imaterial, tolerante, bondoso e espiritual, não religioso sem dogmas e divindades.
Grande parte dos nossos problemas existenciais giram em torno dos relacionamentos; ex. marido e mulher, filho e pais, entre familiares, entre desconhecidos, empregados e patrões, vizinhos, entre pessoas que gostamos e pessoas que não gostamos, assim necessitamos de criar papeis, limites saudáveis e construtivos e assegurar relações duradouras, estáveis e resilientes às crises do dia-a-dia e à intolerância. Pessoas com carisma e positivas. Neste sentido, não existem limites.
João Alexandre Rodrigues
Addiction Counselor
http://recuperarequeestaadar.blogspot.com
http://maisvaleprevenirdoqueremediar.blogspot.com
http://www.facebook.com/joaoalexx
Comentários