Ao conhecermos os nossos limites, identificamos a nossa identidade.

Vou tentar tornar mais visível, aquilo é conhecido por limites nos relacionamentos. Podemos considerar que existem limites físicos, emocionais e espirituais nos relacionamentos e podem ser partilhados ou não, todavia a gestão dos limites não é um processo estático/rígido, bem pelo contrário, é orgânico, dinâmico e conseguido através do feedback honesto.

- Limites físicos
Por ex. Contacto visual, toque, distância, dinheiro, diferenças físicas, alimentação, tempo e energia, roupas/moda, bens, privacidade: nudez, telefone, internet, email, diário, WC, espaços privados.

- Limites emocionais
Por ex. Crenças, sentimentos, valores, sexualidade, necessidades emocionais, segredos, regras, amor, decisões e escolhas, partilha/confidencia, unicidade, projetos de vida inacabados, intuição, pensamentos e ideias.

- Limites espirituais
Por ex. Experiências individuais, religião, relação com um Poder Superior (Ele/Ela/natureza/coisa, etc) sentido de vida espiritual, preferências espirituais, práticas espirituais.

Quando os nossos limites estão bem definidos, estamos mais disponíveis para a intimidade (amar e ser amado) e somos mais responsáveis por aquilo que pensamos, sentimos e por aquilo que fazemos. Dependemos da nossa singularidade, a fim de, decidirmos e escolhermos o que fazemos e com quem queremos partilhar a nossa vida intima. Na gestão das diferenças entre as características da personalidade e/ou estilos e experiências de vida possuímos a capacidade para nos adaptar ao outro, ou não.

Votos de uma semana com respeito pelos limites.

João Alexandre Rodrigues

Addiction Counselor
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