No meu dia a dia de trabalho (ajudar quem me procura a brilhar na comunicação) tenho algumas questões que me acompanham sempre. Há uma em particular (com algumas variações) que me persegue (ou para a qual estou sempre à procura da melhor resposta): o que têm os que já brilham? O que os faz brilhar? Como fazem para brilharem?

Hoje, ao ler este artigo, reforcei uma ideia que já cá andava: quando aceitamos alguma da nossa vulnerabilidade apresentamos-nos de alguma forma mais corajosos. Claro está que esta vulnerabilidade tem de estar em consonância com outras forças, como a autoconfiança, para que seja mais valorizada. É por isso que a vulnerabilidade quase se torna um ato de coragem.

Onde está esta vulnerabilidade? Na voz que pode tremer um pouco. Ou nas mãos que podem estar mais nervosas. E pode estar no contacto, na atenção que dedicamos ao outro: no difícil olhar nos olhos do outro que se nos apresenta; na escuta mais ativa que podemos (e devemos) aplicar ao que nos diz, ao que nos traz; em cumprimentar com disponibilidade.

A autoconfiança traz a disponibilidade, manifesta na maior calma, ou na maior presença efetiva no momento e na atenção às pessoas que nele participam.

A autoconfiança vem-nos da experiência, de confiarmos que vai dar certo. Que temos tudo o que precisamos para lá chegar. Mas importa chegar aos que temos pela frente.

Por isso, os extremos aparentes AutoConfiança e Vulnerabilidade funcionam. Combinam.

Haverá outros ingredientes para um comunicador 'brilhante', carismático. Por isso, a questão 'O que os faz brilhar?' me acompanha sempre. A resposta nem sempre é a mesma (somos seres únicos) e fico sempre feliz de chegar a mais conclusões. Naturalmente, há é um somatório bem curioso de atributos, vontades e trabalho, felicidades e sortes.

Texto: Cláudia Nogueira

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