Existem muitas razões para que a sua vida sexual abrande ou chegue mesmo a parar. Rotina, cansaço, ruturas nas relações, excesso de trabalho, que muitas vezes também implica ausências, viagens... Enfim, trata-se de um período de seca que pode ter uma série de implicações na sua saúde, boas e más, como alertam os autores de vários estudos internacionais. Saiba o que lhe pode acontecer quando deixa de praticar sexo.
1. Aumento da ansiedade
A atividade sexual ajuda as pessoas a descomprimir. Investigadores escoceses descobriram que indivíduos que se abstiveram de fazer sexo tiveram mais dificuldade em fazer frente a situações de stresse, como falar em público, por exemplo, comparativamente a indivíduos que o praticaram pelo menos uma vez a cada duas semana.
Dizem os investigadores que, durante o ato sexual, o cérebro liberta substâncias químicas como as endorfinas e a oxitocina que nos ajudam a aumentar a sensação de prazer, pelo que deve aumentar a frequência com que o faz. Se precisa de ideias, sugerimos-lhe uma série de posições sexuais na galeria de imagens que se segue.
2. Maior risco de cancro da próstata
Os homens que deixam de praticar sexo com frequência podem perder os benefícios protetores da próstata. Um estudo apresentado pela American Urological Association revela que os homens que praticam uma atividade sexual com frequência têm menos 20% de risco de contrair cancro da próstata. A razão? As ejaculações frequentes eliminam da próstata substâncias potencialmente perigosas.
3. Perigo de gripes e constipações
Menos sexo pode reduzir a sua resistência a micróbios e diminuir o seu sistema imunitário, que fica assim como uma maior suscetibilidade a gripes e constipações, como descobriu um grupo de investigadores da Wilkes-Barre University na Pensilvânia, nos Estados Unidos de América.
Os especialistas constataram que os indivíduos que praticam sexo uma ou duas vezes por semana sofrem um aumento em 30% da imunoglobulina A (IgA) comparativamente aos que têm relações sexuais raramente ou mesmo nunca. Segundo os autores da investigação, a imunoglobulina é um anticorpo responsável pelo combate aos invasores do organismo.
4. Diminuição do risco de infeção urinária nas mulheres
Cerca de 80% das infeções urinárias ocorre nas 24 horas posteriores ao ato sexual. Durante o sexo, as bactérias da vagina são empurradas para a uretra, o que pode provocar uma infeção. De forma que, pelo menos para as mulheres, o facto de não praticarem sexo pode significar que têm menos probabilidade de sofrer desta infeção dolorosa.
5. Aumento das inseguranças na relação
Não ter relações sexuais implica, segundo os especialistas, um declínio na felicidade do casal, que cria um afastamento e uma insegurança. "Não haver sexo numa relação pode ser um golpe para a autoestima, gerar culpas e diminuir os níveis de oxitocina e de outras hormonas de união", refere mesmo Les Parrott, psicólogo e autor do livro "Salve o seu casamento antes de começar".
"Também pode aumentar o medo de que algum dos elementos do casal vá procurar fora do matrimónio solução para as suas necessidades sexuais, o que pode levar à paranóia", refere. No entanto, o psicólogo alerta para o facto de que isto não significa que um casal sem sexo não possa ser feliz.
"O sexo é apenas uma expressão de intimidade entre os casais", sublinha. Beijar, dar as mãos e/ou oferecer presentes inesperados são detalhes que podem ajudá-lo a sentir-se ligado à sua outra metade de forma emocional, sobretudo se não há muito tempo para a relação física.
6. Possibilidade de episódios de disfunção erétil
Segundo um estudo publicado no American Journal of Medicine, os homens que têm relações sexuais com pouca frequência são duas vezes mais propensos a sofrer de disfunção erétil que os que fazem sexo uma ou mais vezes por semana. Os autores da investigação sugerem que, dado que o pénis é um músculo, o sexo frequente pode ajudar a preservar a potência da mesma forma que o exercício físico ajuda a manter a força.
7. Potencia a depressão
O aumento do estado depressivo, mas não provavelmente pelo motivo que julga, é outra das consequências da falta de sexo. Um estudo do jornal Archives of Sexual Behavior defende que as mulheres podem sentir-se mais deprimidas à medida que o tempo sem a prática de atividade sexual vai aumentando. Mas pode não ser a efetiva falta da prática de sexo que provoca essa depressão.
A equipa que levou a investigação a cabo encontrou mulheres que usaram preservativos nas relações sexuais com os parceiros, igualmente deprimidas. Esses investigadores defendem que alguns compostos que se encontram no sémen, incluindo a melatonina, a serotonina e a oxitocina, podem ter benefícios no estado de ânimo das mulheres que têm relações sexuais sem proteção.
No entanto, como é do conhecimento público, há uma série de inconvenientes relativamente à prática de relações sexuais desprotegidas. O maior perigo são as doenças sexualmente transmissíveis que, na Europa, à semelhança dos EUA, continuam a preocupar. Em 2016, em território norte-americano, foram registados mais de dois milhões de novos casos de clamídia, gonorreia e sífilis.
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